sábado, 26 de setembro de 2009

Tsara Luz Cigana - Contagem/ Belo Horizonte.




O nome já diz sobre o que se encontra o que há lá: Que é “LUZ”. No domingo de setembro, estive em BH/Contagem para reencontrar amigos, trabalhar, levar ate os amantes da cultura, um pouco da nossa magia a quem tem espíritos ciganos na aura. Bem depois de uma viagem muito tranqüila, muito amiga, cheguei luminosa. Cheguei ao lugar do desembarque, as pessoas olham, chegam a vem olhar a grande mulher. A ciganona de saia verde, esquisita com todos aqueles metais pendurados. Causo espanto e curiosidade, mas logo vem um, chega, pergunta, sorri, eu sorrio também. Um sorriso cansado, mas logo se estabelece o elo da paz, depois chega meu anfitrião e começa a longa viagem.
Ele chega, amigo, cheio de boas energias. Ele me conduz ate a ate a Tsara, onde chego na Kumpania de cimento e pedra, no grande acampamento vertical. Eu sou recebida como pessoa da casa, e também me sinto em casa, sinto a energia pura dos elementos, da energia do amor, da casa cigana. Do cheiro de incenso, do riso de moça, encontro a alegria de dentro da barraca.
A moça cigana sorri. Me alimenta, com seu carinho, com seus alimentos tão saborosos, com um tchaio lindo, com direito a frutas recobertas de carinho e verdades. Alimentação risonha que nutre a alma. Conversamos longamente como uma viajante que chaga feliz em casa, louca pela troca positiva que so a “Família” pode dar. Escuto os passos, de Wladimir, de Ramiro, de Pablo, de Stefano, de Estevan, de Maria, sinto o calor de Mariele, a luz de Piero, sinto o tom da alegria de quem esta no caminho certo. Os outros amigos estão lá sorrindo. Yasmim, os ciganos do deserto, os grandes bailarinos hispânicos.
Sinto o borburinho, o farfarlhar das saias, as risadas, o calor, o reencontro. Chega a hora do “papar”. Uma comida linda, cheia de estilo, mineira, daquelas que parecem ligths, mas que enganam, e que a gente não consegue para de comer, de tão gostosa. Uma comida tão carinhosa, que acabo comendo bem mais do que devia, sem poder resistir, afinal, estava tudo tão delicioso! Depois logo me arrumo, me apronto. Para homenagear meus amigos de jornada, meus companheiros, que me fazem ter força e vontade de continuar. O ambiente é preparado.
Começam a chegar os amigos e amigas de jornada. Em cada rosto vou descobrindo que de alguma forma, já os conheço, embora seja a primeira vez. Os olhos, a recepção, o brilho, me remete a mesma alegria tão minha conhecida dos acampamentos. Me da segurança, fico feliz. Começo a palestrar, a falar e a brincar com coisas sérias. Digo palavras muito fortes de forma muito leve, como faria o bobo da corte, meus amigos acompanham, riem, entendem, trocam através de seus olhares uma cumplicidade, um amor, que mesmo estando sempre diante de platéias diversas o tempo todo, aquela me impressionou. Afinal não é todo dia que o amor transborda na minha direção.
Fico muito feliz, coração sem reservas, respondo as questões apresentadas, e fazemos um intervalo precioso, sem primar pelo preciosismo, o que é paradoxo, e impar, mas é pura verdade. Tudo muito gostoso, com aquela hospitalidade que os mineiros fazem tão naturalmente, alimentos recheados de carinho.
Voltamos e começa a parte mais bacana, uma pequena vivencia, que embora seja de minha rotina, antes mesmo de ser executada, já sentia a energia dos espíritos ciganos festejando muito fortemente, muita cheiro e presença de kumpania naquele lugar. Começamos, eu auxiliada pelo Flavio (notoriamente mediunizado com o querido Cigano Stefano), me olha e sorri, uma face diferente da do meu anfitrião, como se fosse uma aprovação discreta e amiga. Fiquei naquele momento muita certa do que podia fazer. E fiz. E foi emocionante, ver o reencontro das pessoas com seus amigos astrais, serem recebidas pelos seus ciganos, fiquei muito feliz, as lagrimas brotavam, mais eu sabia serem da mais pura emoção.
Depois os comentários, deliciosos, pois são mesmo uma parte, em que me sinto dentro das historias de cada um. E finalmente (infelizmente), chega o final. Pedem-me para dançar, o que faço, como se estivesse dançando na kumpania mais feliz do mundo.
Na hora de irem embora, meu coração aperta. Saudades, de todos. Muitos abraços e muitos beijos, uma irmandade se fez ali. Um acampamento renasceu, voltei a rever amigos, que já estavam na minha alma.
Enfim chega a hora de voltar para o meu chão, embora “abusadamente” já sinto aquele chão da Tsara Luz Cigana, como meu também. Vim, no mais novo carroção, com o coração cheio de luz, não só pela alegria do trabalho realizado, mais por ter a certeza de que a Alma Cigana, é muito mais do que verdadeira naquelas pessoas, principalmente na Ana Paula e no Flavio, que como VERDADEIROS CIGANOS, não mediram distancia, dificuldades, trabalho, nada. Fizeram tudo, em meses de trabalho e conversa para que eu pudesse ir ate eles. E uma vez la, senti que a nossa energia não esta somente afinizada, mas muito mais do que na mesma vibração, eles me fizeram sentir, que hoje tenho uma kumpania, renascida, renovada, muito bem cuidada, por gente do meu povo, ciganos de alma, sim, mas com postura de ciganos verdadeiros, que se preocupam em fazer o certo e o melhor, e com certeza fizeram muito mais do que isso.
Grata meus irmãos, grata Cida e Ronaldo, grata Pastora, grata a todos por esta linda oportunidade, que vou querer repetir sempre!!!!!!!!!!!!!!
É isso ai meu povo. Tsara Luz Cigana em Contagem/ Belo Horizonte/MG, é um acampamento cheio de AMOR!!!!!!!!