terça-feira, 26 de agosto de 2008

A Magia dos Aromas

Desde tempos muito remotos, flores e plantas em geral estão relacionadas a poderes mágicos. A imagem de belas feiticeiras preparando "poções do amor" à base de plantas e flores faz parte da mitologia de vários povos. Não se sabe ao certo se as poções eram preparadas para funcionar como um medicamento, ou se a intenção era fazer mesmo um "feitiço" e as substâncias presentes nas plantas agiam favoravelmente. A única certeza é que essa história é muito antiga....
Os aromas depois de descobertos pelos fenícios, vem sofrendo alterações para aprimorar suas propriedades a fim de atender necessidades e gostos diferentes. Desde então, as essências tem tido papel crucial nas mais diversas fórmulas existentes. Culturas antiqüíssimas, como Egípcios, Malaios e Africanos entre outros, já utilizavam os odores da natureza para tratar desequilíbrios emocionais/espirituais e outros tantos males do corpo físico e astral. Os Magos Ciganos Perfumistas, já sabiam e comprovaram que conforme nós utilizamos as junções de odores, estes podem nos conduzir à harmonia dos corpos, facilitando a ampliação da consciência daquilo que esta acontecendo conosco. Sendo assim, os aromas, aos poucos foram sendo introduzidos na forma mais fácil de se utilizar, sendo usado para cuidar das partes - física, emocional, mental e espiritual. É sabido que os odores podem conduzir o usuário as mais diversas sensações, um bom exemplo disto, são chavões que usamos referentes aos aromas no nosso dia-a-dia, que por vezes nos remetem as mais diversas lembranças (ex: perfume de mulher bonita, cheiro de neném, cheiro de casa da vovó, etc......).
Quando cientes desta consciência, podemos elevar as vibrações e abrir nossos canais, sendo os canais direcionados para o objetivo que se tem em mente, formando uma egregora em torno de nós que afetará qualquer pessoa que se aproxime. Dessa maneira possibilita conduzir o que temos por objetivo. Ocorrendo verdadeira transformação, resultando em serenidade e elevação espiritual, atratividade, intuição e proteção de energias negativas, trazendo a felicidade interior. Os aromas quando inalados, eles chegam rapidamente até as estruturas cerebrais, onde se processam as emoções, a partir deste contato é estabelecido um estimulo que desencadeará reações de acordo com as propriedades de cada aroma da natureza. Sabendo disto, os perfumistas da Magia Cigana, desenvolveram os perfumes que trarão as energias puras do mundo natural. Ajudam-nos a entrar em sintonia com o que há de Divino dentro de nós. Cada tipo de Perfume da Magia Cigana encerra em si um princípio inteligente, identificando-se com os propósitos de quem usa. Facilitando assim, conforme o tipo escolhido, a entrada nos estados de Meditação, aumentando a Atratividade, a Intuição e também nos protegendo de Energias Negativas. As Essencias são preparadas com cerimônias e rituais especiais. Percebe-se que o mais sutil resultado, provém de uma série de estímulos recebidos por meio dos sentidos (olfato, tato, visão, paladar e audição) somados a sensibilidade de cada pessoa. E os Perfumes da Magia cigana, aceleram estes resultados, é preciso somente utilizar o perfume adequado para obter o resultado pretendido. Os Perfumes da Magia Cigana, são produzidos artesanalmente, respeitando todos os princípios mágicos, que possibilitam dar força astral a quem usa. Respeitando as horas e as luas, e escolhendo o que há de melhor em matéria prima nos aromas da natureza. Possibilite-se também utilizar diariamente, um dos maiores segredos que os magos perfumistas ciganos revelam.
Propriedades dos Tipos
Intuición – Desbloqueia os canais superiores Intuitivos, pondo a pessoa em contato com forças sutis, porém definidas, trazendo a intuição dos fatos do dia-a-dia.
Proteción de La Aura – Através do odor dos óleos superiores de plantas mágicas, e poder comprovado, afasta as energias maléficas, proporcionando uma barreira protetora.
Atración – Abertura dos canais atrativos, tornando a pessoa mais chamativa, interessante e faz com que as outras pessoas sejam receptivas à sua presença.
Losy - Faz com que voce esteja mais aberta e com maior capacidade para poder efetuar negociações financeiras com exito, proporcionando a prosperidade.
Para adquirir seus aromas da Magia Cigana – tsararomani@yahoo.com.br



quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Casa de Cigano!


Para falar de Casa de Cigano, é preciso que falemos da atualidade, de ciganos sedentarizados, a Rromhá de hoje mora em casa e apartamento. Faz tempo desde o começo de nossa sedentarização, pelo menos à parte dos gitanos que são sedentarizados e semi sedentarizados no Brasil e também na América do Sul em geral, que as casas de cigano, muitas vezes tem características iguais, independendo do Clã ou família que se originaram. O fato de ser cigano, mesmo de alma, é fator de supra importância, para que se tenha uma igualdade quando se trata de seu habitat. Quando falamos neste assunto logo vem à mente a pergunta: Cigano mora em casa? Sim. São casas iguais a de pessoas de outras raças que existem no mundo. A Rromhá de hoje principalmente, se vale de todos os adendos e aparatos tecnológicos como qualquer pessoa. O diferencial da casa do cigano, é o seu jeito de viver. Uma vez ouvi de uma pessoa com quem trabalhei (trabalhei muitos anos, como guia de turismo nacional – uma forma gadjô de ser cigana), que ela achava errado os ciganos não se revelarem. Pois a “primeira vista” são “normais” “como todo mundo” dizia minha amiga. Bem, eu lhe respondi, apesar de termos orgulho de nossa ciganidade, por vários motivos não tocamos no assunto em nossa “vida normal”, por medo de preconceitos, de errôneas associações e por vezes até mesmo por falta de tempo, já que o dinamismo da vida nos deixa extenuados. Em casa um cigano faz questão de ser cigano. E a diferença estará em pequenos costumes que os zíngaros tem. Esteira de palha coberta por uma colcha grossa, Altar de Virgem Sara, Vinho de ervas, tatau (licor) de baunilha, leques nas paredes, plantas, bichos, condimentos variados na cozinha, cores fortes na decoração, castanholas nos móveis, são algumas das características da casa cigana. Na galétzo, o rechout de ferro, e as panelas de pedra são presença obrigatória. Na casa de um cigano além destas características a principal sempre será, a alegria. A defumação por incensos verticais (de vareta) é constante, e não raro todos os objetos terem odor de incenso. A música e os instrumentos musicais fazem parte do cenário assim como os cristais.

Amor



O que é o amor?

O amor é fácil
É como a luz do dia, surge naturalmente
Como o sol que penetra na montanha
Como a água que banha as pedras
Hoje quando acordei, vi as cores do dia
Um dia que acordou esmaecido
De humor indefinido...............
Ao dar bom dia ao dia, falei de “você” amor.
Ele riu e o sol logo pode entrar
A chuva fértil também veio ouvir
Só de curiosidade!
Invadindo o sol, e rindo da gente
O vento que tomava o café com o verde da montanha
Passou de leve para saber dos fatos
Aos poucos os cães vieram também
Então comecei a falar do amor
Como ele é grande, esmaecido
Colorido, calorento, fresco
Sonhador, pede sempre para entrar
Em todas as casas, em todos os corações
Bem não é sempre que ele consegue.......
Mas fica sempre tentando
Ele tenta convencer a angústia
O medo........... a dor e a saudade.
Mas estes sempre se fecham.
Mas o amor também tem seus grandes sucessos
Ele fez brilhar.......
Os sentimentos guardados, a alegria, o riso......
A felicidade.
O amor tem muitos êxitos, ele é voraz
Por vezes forte, causa tonteira...
Causa tesão, este quando esta em companhia do amor.....
Formam uma dupla imbatível
Para se enfrentar todos os obstáculos
A natureza ficou ali, ouvindo minhas estórias
E disseram que todo mundo conhecia o amor
Só não sabia que ele era tão parecido com eles
Só não sabia que eles eram amor também.
Quando o amor chegou, foi uma festa.
Até porque ele não veio só
Trouxe sua grande família.
Amor de pai, mãe, avó e amigo
Amor de bicho, de criança
Amor de amizade, de brinquedo favorito
Amor de livro, Amor de troca
Amor carnal, amor espiritual
Amor emocional, amor de cozinhar
Amor de brincadeira no quintal
Amor de verão, de profissão
De marido, de mulher, de filho,
Todo tipo de amor estava lá
Descobrimos juntos então
Que ele não é só “gente”
Ele é o que move o mundo.


Ramona Torres

Rromhá Contemporânea

Noite, madrugada alta, cores da lua, cheiro de mato. Ah! Romhá Chavalé! Dia de fogueira, na capoeira do bambuzal de vovó, a mesa de cavalete é armada, bancos de madeira inteira, cantoria, cheiros de flor da noite, pé de louro, rosa branca, e goiabeiras molhadas invadem o ar. Lá em cima do grande galho do pé de abacate, sentam as crianças a rir, e a falar. A toalha branca é posta, o vinho de vovô é trazido no barril de madeira, feito no barracão de ferramentas. Iemanjá, Santa Rita, Nossa Senhora Conceição e Virgem Sara, no pequeno altar olham altivas tudo que acontece. A cachorra Lessa (vovó queria implicar com o vizinho, é o nome dele) fica por ali, onde o movimento acontece. As mulheres riem, bordam (é o quintal das bordadeiras), cozinham. Pratos de Iakna, sarmi, zujemia, pafeitos ki brinza, mamoul, serdanhi, vão fumegantes à mesa. O suco de maracujá é distribuído para a criançada com muito açúcar. Os homens fumam e ouvem o radinho de pilha (orgulho de vovô), discutem futebol, trabalho, riem baixinho falando das donas. Donas da casa de luz vermelha, que dão doces no dia de São Cosme e São Damião. Minha mãe diz que não prestam, mas penso o contrário, porque na varanda tem uma estátua de São Jorge, igual a lá de casa, logo elas não podem ser gente má. Vejo neste momento as cores, como papai é bonito, mamãe esta linda! Agora o vestido que minha tia me deu, aquele laranja que era dela, é o mais bonito, acredito eu (vaidade de criança). Os meninos quase todos vestem cores fechadas (marinho, verde musgo, vinho, e branco), mas nós pequenas romies, ao contrário, os laranjas, pinks, amarelos, vermelhos, azuis, verde brilhoso e as que são meninas moças, o dourado. Terezinha canta, puxa música, o coro começa, a dança começa, os cheiros se fundem. A gente dança e brinca. Estas são minhas lembranças de menina. Hoje fiquei muito triste, por que fui na capoeira, aliás como dizia vovô, no átrio, e vi tudo parado. Havia anos que eu me recusava ir lá. As lembranças são muitas. Descobertas, boas e más. Descobrir alegria, beijo roubado, coração batendo forte. Descobrir que as pessoas morrem, como é triste morrer, quando se é criança, é muito mais intenso. Não há entendimento. O velório na mesa de carvalho, o adeus, cheiro de flor e vela, ou como diz meu irmão “cheiro de defunto”. Em tantos anos, não pensei nisto, a vida é dinâmica, mas quando entrei lá, vi o barracão, o altar, a Virgem e Iemanjá descoradas, chorei, chorei por tudo. Agora que estou meio de pilequinho, na noite quente, penso melhor, são lembranças boas. Eu ri, de papai caindo de rir, ninguém sabia de que, mas todos riram, até nós, embriagados de maracujá. Que felicidade de ter passado por tudo, é para agradecer papai do céu. A vida é assim mesmo, todo mundo tem lembranças. A romhá de hoje mora em casa e apartamento, não há mais quintais, nem fogueiras, nem dormir na lua e no vento, nem acordar com o chuvisco ou goiaba caindo em cima. É são coisas do mundo, da vida, são saudades de minha raiz. Ah! Romhá Chavalé! Ah! Baile Gitano, que saudades dos Bródios. Bom deve ser assim para todo mundo. Então veja bem, é difícil que não se sinta menos cigano neste mundo, tenho muita saudade dos tempos em que a Rromhá era mais leve e mais receptiva. Hoje o mundo dinâmico não presta muita atenção no que podemos ter de fundamento, é só carro, dinheiro, luxo, é triste este distanciamento. Quando nasci já era assim, um tempo em mutação, e veja que já se foram 30 e uns anos atrás. A Rromhá daquele tempo se alinhava, se juntava, não viviam só. Mesmo sedentarizada era uma grande kumpania de pedra e areia. Nos meus tempos de criança, a rromhá cheirava a alfazema e mirra. A casa/kumpania de vovó era muito bonita. O quintal que varri muitas vezes em companhia de vovô ficava na frente, onde o plantio de frutas e plantas se fazia exuberante. A babosa, o louro, a goiabeira vermelha, a bába de boi, a flor da noite, e a roseira ficavam namorando a lua e a gente. Nas festas de bródios, ou de moças (15 anos), a alegria era geral, os anos novos passados na calçada, a árvore da entrada do portão de madeira. O quintalão, o bambuzal.......... A gente corria e brincava, os primeiros sonhos, as primeiras confidências, o primeiro beijo esta lá guardado em alguma madeira do barracão. O barracão, o altar de Sara e Iemanjá, o chão de terra, a cama dura, onde dormi tantas vezes com minha tia ainda djulli. O quarto de costura, a máquina de forrar botão. Mas lá nos fundos é que esta adormecida a alma cigana. Da mesa grande de cavalete, das cadeiras dos adultos, do vinho feito em casa. De rabanada de natal. De banheiro que liga de lado de fora, de onde escutava vovó cantando, e sentia o cheiro das cocadinhas que ela fazia. Festa boa que cansava, cama marquesa para cigano que dormia no chão, sofá de mola pro cachorro. Casa em obra, começo de consolidação de novos rumos para rromhá. Namorar, morar fora, viajar, cd, net, vídeo, tanta novidade. A rromhá fica sem chão. Sem parâmetro. Abandona Cosme e Damião, Slava de Sara, Nossa Senhora, medo de agosto, usa carro, trabalho de gadjô, as shuvanis não entregam o metal, nem tiram o sapato do marido, filho responde mãe. É sinal do tempos. A Rromhá de hoje mora em casa e apartamento, usa celular, e-mail, anda de calça comprida, de jeans.
Sei que fazemos o melhor, mais as vezes é estranho, é difícil, dá uma saudade tão grande, do que vivemos. Primos irmãos. Sonhos de família sempre. Quero ficar velha e só com minhas lembranças, não como hoje, mais posso colocar tudo na net. Tempos bons (bons?), de liberdade, (liberdade?), de poder fazer tudo que se quer (tudo que se quer?) Quero ser cigana, quero dormir de kumpania, embaixo das estrelas, do céu, na areia do mar, na grama, nos dias de vento e sol, que só os ciganos saem apreciar.

A Arte da Tatuagem na Vida do Povo Cigano


A História da Tatuagem é muito mais antiga do que muitos pensam, por ter tido origem no Antigo Egito, onde teria sido um dos locais, que trouxe grande influencia para a diáspora dos ciganos pelo mundo. O povo Romani, que é um povo marcante e diferente, e aderiu, desde os primórdios o uso da arte de marcar a pele com cores, símbolos, desenhos, utilizando seus próprios simbolismos (sol, lua, estrelas, pirâmides, etc...), de forma que eles passaram a ganhar ainda mais força dentro da egrégora mística da raça de nômades. Sendo um Povo, que tem suas próprias expressões, ao viajar pelo mundo, ganhando bagagem cultural, sem esquecer suas raízes (Indianas), desenvolveu formas muito características, para a utilização da arte. A partir da necessidade de sustento, por vezes até para grandes caravanas que se deslocavam pelo mundo, muitos ciganos aprenderam a Arte da Tatuagem se tornando grandes tatuadores. Mas era ainda nestes tempos, a Tatuagem marginalizada, feita com técnicas muito primárias e dolorosas. Porém o reconhecimento pela Arte de marcar a pele, ganharia expressão na mão dos ciganos, por sua sempre primeira opção de vida: O Circo. Na vida circense, artistas, domadores de cavalo, bailarinas, conheceram e adotaram esta pratica tão comuns aos roms. Tatuavam nomes, amores, certezas, símbolos de boa sorte e assim os gitanos divulgavam a arte que “tomaram” emprestado. As pessoas que viviam em torno dos romanis (igualmente viajantes), aderiram principalmente aos símbolos de boa sorte, nomes de Clãs e expressões do poder divino. Dentre estas pessoas, destaca-se por algumas atividades, por serem exercidas também pelos romanis, e que consagrou a Arte da Tatuagem, como forma própria de encarar a vida. São eles os Marinheiros, Domadores de Cavalos, Comerciantes de Ouro, Artistas e Místicos em geral.
Os Romanis, passaram também a tatuar o nome da Natsya (Família) a qual pertenciam, como forma de identificação e proteção. Apesar de haver nestes tempos, muitos preconceitos, muitos ciganos por dominar esta arte, eram convidados a estar junto aos nobres e ricos da época, trabalhando também para gente do povo, nas praças e ruas das grandes cidades. A ornamentação da pele, ganharia assim cada vez mais adeptos entre os ciganos e os simpatizantes da cultura: “Os Ciganos de Alma”. Usando seus próprios simbolismos, o povo romani acredita que uma vez escrito (marcado) na pele, o sinal deixa o corpo imantado, então passaram tatuar quem desejasse, era (é), só escolher o símbolo devido correspondente para a imantação desejada.
Os primeiros simbolismos utilizados para se tatuar os não ciganos, foram os signos ciganos (Punhal, Coroa, Candeias, Roda, Estrela, Sino, Moeda, Adaga, Machado, Ferradura, Taça, Capelas), depois as amadas moedas, que são ícones entre os talismãs, acreditam que ganham mais força prospera se imantada (tatuada) na pele, pela força de ser símbolo do poder material, e da capacidade de realização de riqueza em qualquer sentido, espiritual ou material.
Assim foi crescendo o uso desenhado de outros talismãs (Cruz Ansata -Geralmente usada por Kalons por ser um símbolo Egípcio, que trás criatividade, poder e abundância – Peixe - Só pode ser usado por homens, para que nunca falte dinheiro e coragem, Coruja – é o animal que esta sempre alerta e nos faz assim também, além de nos favorecer com a capacidade de perceber tudo a nossa volta, Punhal- É um talismã muito usado - corta totalmente as forças negativas, Ferradura - Atrai sorte, positividade e energias como o poder de superação - Estrela de cinco pontas - Símbolo cigano, as pontas representam os cinco sentidos do homem, favorece os feiticeiros, magos e estudiosos de magia, Gato - Este é o símbolo da prudência e paciência – Sino - é capaz de “tocar dentro de nós” para avisar o que vai acontecer, assim podemos nos preparar melhor. Coração - Símbolo que trás amor infinito e puro e Chave - Para abrir as portas dos nossos sonhos e planos, resolução de problemas). Os Símbolos das Cartas tanto Ciganas quanto de Minorarcana (Baralho comum- de pôquer) são também usadas. Hoje com o acompanhamento da dinâmica do mundo, as mulheres podem se tatuar (antigamente somente os homens podiam, principalmente os desenhos de ciganas e bailarinas) e também lembrando as raízes ciganas indianas, tatuam os pés para festa, braços, seios e costas com Henna. Muitos romanis mantém a preferência pelos nomes dos Clãs (Rom – Kalderasth, Louvara, Rudari, Boyasha, Bashilé, etc........ ou Kalon – Manuchi, ou até Monisha – mulher prometida) ou Protetores Espirituais (Madalena, Carmem, Esmeralda, Sulamita, Natasha, Yasmim, Manolo, Wladimir, Sandro, Juan, Artemio, Ramiro, Celina, Pablo, Salomé, Tizibor, Paloma, Zaíra, Carmencita, Iago, Ramur, Íris, Ísis, Hiago, Katiana Natasha, Pedrovik, Sâmara, Ilarim, Katrina, Melani, Leoni, Wlavira, Ariana, Boris, Mirro, Nazira, Raphael, Tamíris, Guadalupe e muitos outros), assim como a Bandeira Cigana, são utilizados por ambos os sexos.

“Magias e Mistérios do Povo Cigano”

Quando abordamos os segredos das magias do Povo Cigano, muito se diz, das Entidades, dos Mestres, dos Ciganos Astrais, numa liturgia colorida, intrínseca e abrangente. Mas nós Povo Cigano, ainda encarnados, temos as nossas magias em conjunção com os mistérios espirituais, para diversos casos. Pois muitos, apesar de cultuarem fielmente, e de trabalharem espiritualmente pela caridade, pôr não terem um embasamento próprio dos ciganos, acabam muitas vezes caindo num lugar comum: “Ajudo a tantos, mas não sei me defender das forças maléficas, não sei ajudar a mim mesma.....”. E quem já não ouviu de alguém esta frase? Mesmo que o interlocutor seja um dedicado trabalhador das forças astrais? Todos nós já ouvimos e até mesmo alguns de nós, já pronunciamos. E porque isto acontece? Porque a Magia (todos os tipos), a Espiritualidade (de todas as formas), e os mistérios, são um aprendizado continuo. É um sentar no banco escolar da espiritualidade, sem esmorecimento. Quando abordamos uma cultura sem um codificador, fica ainda mais difícil. E o trabalho é duplicado, necessita-se de estar sempre em pratica, trabalhando elementos da magia, protegendo-se, discernindo, se familiarizando ainda mais com os segredos do povo das estradas. Afinal, nós como povo, somos misteriosos, não só por fora, mas principalmente por dentro, afinal você já entrou na casa de um cigano? Sabe para que serve aquela terra no jarro em cima da pia da cozinha? Isto são segredos das ciganas, assim como o que guardam em suas cestas de magia, afinal, para que tantas sementes? Como eles identificam as formas sutis? Como nós interagimos com os elementos? Estes questionamentos são formas individuais de uma parte da cultura não revelada ainda aos que são Ciganos de Alma.
Porque? Hão de perguntar, porque toda nossa vida esta permeada de religiosidade, em todos os momentos. Os ciganos tem características tão próprias quanto secretas. E mesmo quando parte de nosso povo acompanha, a dinâmica do mundo, se sedentarizando, isso não nos faz, deixar nossos ritos de lado, e assim eles permanecem em toda nossa estrutura de viver. Os costumes, os rituais, o acompanhamento das mudanças de estação, assim como a influencia da lua, dita muitas das decisões tomadas na casa de um cigano. O povo cigano é admirador e conhecedor da força feminina, que é capaz de muitas magias. As ciganas seguindo esta linha de religiosidade tem muitos segredos só delas. Isto é demonstrado na força que elas tiram das ditas “fraquezas” de seu próprio corpo. Pois as ciganas tem força de magia, mesmo quando parecem que estão fazendo a tarefa mais simples (comida – alquimia dos alimentos) e as fazem sem alarde, simplesmente, fazem. Para uma cigana, sua menstruação, seu sexo, sua fertilidade, seus cabelos são a sua força mágica, da onde ela tira muitas benesses para os seus que estes nem sabem. O Povo Cigano é assim, prospero, bonito, sabe que através de todos os seus gestos, contem uma condução de forças espirituais, que pelas palavras que proferem, podem trazem ou fazer o bem ou o mal a si mesmos. Por isso conduzem bem sua magia para socorrer gente sofrida. Nós, ciganos nos valemos da sabedoria, dos mistérios das artes, de nossa forte estrutura, de nossa intuição, observação e psicologia, para receber estes irmãos com um ensinamento puro sobre a nossa cultura e nossa vida. Você que busca entendimento com o mundo espiritual para atenuar as dores, e trazer alento aos necessitados, saiba que primeiro haverá de conhecer esta magia e aprender, para se preparar dignamente para o trabalho astral, podendo desvendar os meandros mais simples, do dia a dia em caráter fidedigno, os meandros na manipulação da Magia Cigana. Os segredos perpetuados hoje, se faz livre de perseguições. Então, você “Cigano de Alma” pode se beneficiar usando o conhecimento, abrindo seus caminhos para uma espiritualidade, rica, colorida, mas que acima de tudo, descansa carregando pedra.