Esta cigana conhecida pelo nome de “Cigana dos Sete Simbolos”, na verdade se chama “Haritza”, nasceu numa familia que se amava muito mas se entendia pouco. Muitas discursoes, muitos gritos, assim vivia, e com o espírito calejado de tantas lutas, fazia erros e pequenos acertos. Haritza, filha de pai somente (a mãe faleceu, logo depois do parto), veio ao mundo, numa tsara muito pobre, muito triste. No entanto tinha amor. Seu pai a amava. A incensava tanto quanto um diamante, ela mesmo com todas as dificuldades, era amada com fervor. Cresceu assim em meio a muitas dificuldades, havia dias que faltava o pão, e seu pai até mendigava na vizinhança por ela, tinha ele uma certeza que sua filha, seria uma pessoa muito importante, e que lhe daria muito orgulho algum dia.
Mas os impedimentos da vida, acabaram minando a saúde deste homem tão caridoso, e ele assim desencarnou vitimado por varias doenças, desde desnutrição até outras de difícil diagnostico, que o povo só especulava. Aos 13 anos quando viu seu pai a deixar só, o desespero bateu. As tias tomaram conta e uma senhora muito boa a chamou para morar com ela, mas ela já sabia das dificuldades que devia enfrentar e recusou o convite. E logo conheceu, a pessoa que a ensinaria a ser o que seu pai tanto sonhou, só que pelos caminhos errados. Tinha dons mediunicos muito impressionantes. Olhava dentro dos olhos das pessoas e já sabia os males os afligia. Haritza, embora temesse, sentia uma certa excitação para viver aquela vida tão promissora financeiramente, visto que durante dois anos, sua protetora havia-a coberto do bom e do melhor. Assim ela teve seu consultorio espiritual montado pela protetora e com ela aprendeu todos os truques que podia usar na sua vida de cartomante.
Seu jogo tinha no custo “peso de ouro”, ela induzia, jogava, punha os clientes em situações bem complicadas e fazia com que eles deixassem todo o seu dinheiro ali com ela. Fazia isso a poder de enganos e ameaças. Começou cedo dando muito orgulho a sua protetora, mas tinha um fraco: O Álcool. Gostava de beber, de ficar de pilequinho. Algumas vezes exagerava e com o passar dos anos a força mediunica se perdia. Assim ela foi aos poucos deixando de ser a menina poderosa. Muito inteligente, vendo seu faturamento minguar, descobriu uma nova fonte de renda. O que afligia muitas de suas clientes, volta e meia e era sempre resolvido. Pensava que podia ser um grande negocio. Foi ate uma tecedeira de anjos, e esta lhe ensinou como fazer. Logo apareceu uma menina, esta foi sua primeira cliente. Ela logo percebeu que ganhava mais assim. Volta e meia distribuía comida, roupas usadas, e assim foi ganhando força no lugar onde vivia.
Abriu uma casa sua só para tecer anjos. Mais a bebida sempre a atrapalhava, até que um dia, uma menina bem novinha acabou desencarnando devido ela estar embriagada na hora do serviço. E se tornou uma pária da pior espécie. Passou a ler seu baralho ensebado por um copo de cachaça. E assim decaiu tanto que no fim de sua existência mendigava pelas ruas, e acabou, morrendo de fome, de doença, de carência e de seus vícios. Por isso agora no astral, em débito com a sua raça, que a acolheu (de novo), ela trabalha revenciando os sete clas, atraves dos sete simbolos principais para o povo cigano, que são a Estrela, o Sol, a Lua, o Punhal, o Sino, a Taça e a Ferradura. Ela trabalha com as sete cores do arco iris e aconselha os consulentes, principalmente a não abortar seus bebes, seja qual for a situação. Esta cigana não aceita alcool em sua oferendas.
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