terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Centro Espírita Francisco de Assis

Centro Espírita Francisco de Assis
Um Abençoado Lugar de Amor e Auxilio ao Próximo!
              E assim as coisas acontecem na vida da gente, quando menos se espera. Cheguei em casa há pouco, fiz meus afazeres, e sentei-me acá como em meu Portugal e as palavras não saem da cabeça. Resolvi escrever, sou boa com as palavras escritas, faladas nem tanto. Ser Dirigente de casa Espiritual é uma tarefa e tanto, direcionar, cuidar, tomar conta.... As vezes cabeça quente, problemas de phrals e phrales, nos deixa “fora do eixo”, isso acontece em qualquer grupo, seja em qualquer linhagem religiosa ou de comando.

Nós, eu e Elis Peralta, minha irmã dirigente junto comigo da Tsara Kalimã Romani, havíamos conversado neste dia, sobre quando se fala aos iguais, de não se sentir só. E foi assim, o Centro Espírita Francisco de Assis, da competente e amorosa zeladora, mãe de Santo Vera de Iemanjá, nos convidou a participar de sua Masina. Como sempre demonstra, ela própria e os seus o carinho de mãe conosco, sentíamos Elis e eu, vontade de retribuir, nosso coração pedia estar mais perto...

Aí fomos na abençoada Masina do dia 16/02/2011, chegamos cedo, e já sentimos todo o carinho e amor aos necessitados que existe naquela casa... Veio um filho da casa (Bruno Gaspar), que nos recebeu com alegria e brilho nos olhos, depois a Linda Paola da Cigana Maria Candida, a Carinhosa Monica da Cigana Rosa dos Ventos e assim foi com todos que la estavam. Primeiramente o carinho da comida que alimenta o corpo e nutre o espirito, na versão de uma sopinha de ervilha deliciosa! Hummm...... é o que teria dito Ana Maria Braga! E depois a defumação com uma vibração linda dos ciganos espirituais que já aguardavam no lugar, e o agradecimento da dirigente Vera. Depois a leitura. Sabe é aí que a gente vê que a espiritualidade age pelos caminhos ofertados a nós.

Veio uma leitura que falava de Amor, de Perdão, de Acertividade, de Confiança nas Forças Benignas, do que pregou São Francisco de Assis...

Cairia bem em qualquer pessoa, a qualquer momento, mas naquele momento para nós e principalmente para mim foi a resposta que esclareceu os caminhos da mente.

Depois o carinho de todos os filhos da casa, o respeito, o amor em cada cumprimento, fomos recebidas como pessoas da casa, depois da incorporação em que sentimos cada boa energia de cada entidade que ali estava. A Cigana (da Vera), veio nos dar uma mensagem, igualmente de Amor e perdão, sobre os caminhos usados pela espiritualidade para obrar, nos ofertou forças, e nos preparou para tudo o que nos reserva o astral. As Palavras foram ofertadas como diamantes, que guardamos no cofre do coração, pela preciosidade e raridade e sobretudo pela claridade que trouxe. Como precisamos dormir cedo, pedimos autorização para sair, e ela deu.

Chegando em casa, estou traçando estas linhas, pois o sono nem passa e as palavras da Cigana, não me saem da cabeça, tomei decisões importantes, e vitais. Concluí que a espiritualidade esta nos carregando no colo, como no texto “Pegadas na Areia”, me senti aconchegada e segura, e não mais sozinha. Ela trouxe palavras de Ramiro do Cairo e Maria Cigana, provas de que o astral, obra junto e que nas Kumpanias Astrais, todos trabalham de mãos dadas pela mesma vibração. Por isso escrevo acá, que a Casa que São Francisco olha por todos que necessitam do Amor e Consolo, ela olha pela gente, é só saber entender as mensagens de luz. Afinal é uma casa de Amor ao Próximo, de Auxilio, de Espiritualidade Verdadeira, Lídima e Ilibada. Vera, viemos cedo pelos afazeres da vida, mais nunca esqueceremos o que se passou, o carinho, a mensagem, os ciganos dos acampamentos astrais, e principalmente o carinho, amor e respeito que fomos recebidas.

A todos muito agradeço, e a você minha linda Amiga, fico muito feliz de poder ter estado e ter possibilidade de estar numa casa que faz tanto por tantos, inclusive por nós, igualmente nossa casa, a Tsara Kalimã Romani, esta de portas abertas a você e aos seus, agradecemos com o coração, foi tudo muito LINDO!

Lacio! Nais Tuke! Gratas!

Shuvanni Kaló Ramona Torres
Jutsy Kaló Elis Peralta

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

2º Mulengui Dori ki Santa Sara Kali


2º “Mulengui Dori Ki Santa Sara de Kali”, no Estrela Cigana Espaço Holístico

Quando se fala em Mulengui Dori, já da uma vontade de que chegue logo o dia! Pois nós do Estrela Cigana Espaço Holístico, realizamos o 1° Mulengui Dori fora das kumpanias, no ano de 2010, com plena aceitação e amor de quem participou. E no que se resume esta celebração? Esta festividade? Eu poderia responder, só estando para saber o quanto a energia dos ciganos se movimenta. O louvor a Santa Sara Kali, é acompanhado de Ritualísticas que somente quem nasceu debaixo da lona pode saber o quanto são verdadeiras e envolventes. E quem, não nasceu não tem direito a saber?

É o que me perguntaria, quem nunca esteve, não é verdade? Respondo contente: Sim tem direito sim. Tem dever, tem a honra de saber. É por este motivo que por inúmeros pedidos repetiremos a celebração do Mulengui Dori, elucidando que ele é um evento com rituais, trabalho espiritual e festa! Afinal ciganos e festa é uma dupla que combina demais!

Um Mulengui Dori, é uma oportunidade para quem nasceu com Alma Cigana, e quer compartilhar, sentido a energia dos acampamentos na sua essência mais pura, uma experiência não de viver entre nós ciganos, mais viver como cigano. O Amor a Sara, move este que é uma celebração longa, é um dia em que o cigano de Alma, se reencontra com suas raízes mais profundas, começando pela manhã, as 08:00hs, para as saudações do Sol de Sara, até a noite as 19:00hs quando termina com a ceia cigana, neste dia tão sacro, os costumes dos ciganos desde os primórdios são repetidos, o ato de compartilhar, de sentir a essência da natureza, da abertura dos ritos mais tradicionais são vividos com intensidade. A energia é tamanha que quem vem ao Mulengui Dori, nunca esquece, mas não sabe explicar muito bem o que acontece, ou mesmo a ordem dos ritos, poiso ar transborda de amor, os espíritos ciganos da aura de cada uma dos participantes, se faz presentede forma indescritível, só vivendo para saber.

Falar sobre Mulengui, além de ser mágico, é realmente um prazer. Pois mistérios e preconceitos marcam desde os primórdios de sua trajetória. As Lendas e os Segredos formaram uma Egrégora através dos tempos. A propagada Magia e Poder que os Ciganos exercem, são conhecidos. Hoje principalmente no tocante a Magia, no tocante as Celebrações, conseguimos entender o caráter e disponibilizar a quem necessita. Ocorrendo uma celebração do nosso Povo na comunhão com os outros Povos, sem que deixemos de preservar o que há de mais belo, tradicional, e significativo em nossa Sociedade e Religiosidade.

Graças a este entendimento, temos possibilidade de passar em caráter fidedigno, os meandros facilitadores na manipulação de nossa Magia, através de eventos como o Mulengui Dori ki Santa Sara de Kali. Os segredos perpetuados através de ensinamentos. Então todas as pessoas podem se beneficiar usando o conhecimento desta diásporaespiritual dos ciganos.

O Povo Cigano, revela ao mundo gadjê, muitos segredos que enriquecema espiritualidade e o estudo da cultura. É um sentar no banco escolar da espiritualidade, sem esmorecimento. Quando abordamos uma cultura sem um codificador, fica ainda mais difícil. E o trabalho é duplicado, necessita-se de estar sempre em pratica, trabalhando elementos da magia, protegendo-se, discernindo, se familiarizando ainda mais com os segredos do povo das estradas.

Porque? Hão de perguntar, porque toda nossa vida esta permeada de religiosidade, em todos os momentos. Os ciganos tem características tão próprias quanto secretas. E mesmo quando parte de nosso povoacompanha, a dinâmica do mundo, se sedentarizando, isso não nos faz, deixar nossos ritos de lado, e assim eles permanecem em toda nossa estrutura de viver.

O Povo Cigano é assim, prospero, bonito e sobretudo Ritualístico, sabe que através de todos os seus gestos, contem uma condução de forças espirituais, que pelas palavras que proferem, podem trazem ou fazer o bem ou o mal a si mesmos. Por isso conduzem bem sua magia para socorrer gente sofrida.Os segredos perpetuados hoje, esta a sua disposição através do reservar de uma dia, lindo, colorido, leve e cheio de magia que é estar dentro de um “Mulengui Dori”.

Então, você “Cigano de Alma” pode se beneficiar usando o conhecimento, abrindo seus caminhos para uma espiritualidade, rica, colorida, mas que acima de tudo é feliz, e queremos compartilhar com você, venha viver como ciganos um dia, venha ao Inesquecível Mulengui Dori.

Breve data e condições!

Shuvanni Kaló Ramona Torres (Kallin e Lilieskina)
Membro da Sociedade dos Clãs de Magia e Cultura Kalon Evoriana.






domingo, 13 de fevereiro de 2011

Pré Conceito!

É assim, quando se ve, esta ali, ao nosso ladinho, as ideias pré concebidas, sobre nossa gente, sobre nosso povo.  Quando se ve no noticiario, alardes sobre brigas de ciganos, faço questao de falar, sobre o dia a dia  dos ciganos.
Mesmo nós sedentarizados, estamos sempre sendo observados, e dizer que estas ocasioes nao acontecem, nao é verdade. O evento em Barra do Piraí, foi falado e muito pela imprensa, porém existem acontecimentos envolvendo nossa raça, que nao vao para a mídia, mas que nos afetam igualmente.
Posso dizer por mim, que kallin que sou, ando nas ruas do Rio de Janeiro, por todos os meios de transporte que existem, ja que trabalho em diversos bairros, e tambem porque ando fidedigna a indumentaria do meu povo, sempre tradicionalmente pelas roupas que sustento a minha ramasordé ke Buino! Sou Kallin, aqui, no gaó, nas minhas palestras, na minha honesta ramasordé, sou Kallin, na Praça da Sé, nas Mangabeiras, na Carioca, no Leme, no Castelão dos Mouros, em Sintra e onde for.......Duas semanas atrás, estive numa Loja de Sucos no Largo da Abolição, no Rio de Janeiro, em plena Av. Dom Helder Camara, quando o que deduzo que seja seu proprietario, disse a uma funcionaria olhando para mim: - Veja o que "esta gente" quer e despacha! Bem logo conclui, que com toda minha vivencia de 23 anos debaixo de uma lona, aproveitei todas as oportunidades que a vida me deu, e por isso percebi, o tom pejorativo, que foi dito em relação a mim, pela minha indumentaria e pela ideia pre concebida do que se tem em Portugal, ja que esta senhor era notoriamente um lusitano.
Respondi: Se o senhor nao apanhar o dinheiro de minha mão, eu nao vou pagar. Porque la em Portugal, voces lusitanos colocam placas "que nao entrem ciganos e nem caes", aqui é diferente! Eu sou cigana, mas nao sou analfabeta, sou Brasileira, Carioca, cidadã, pagadora de impostos. Estou na minha cidade, e o senhor é que esta na minha casa, eu nao vou lhe processar, pois nao tenho tempo para isso. Sou cigana sim com muito orgulho, pois apesar disso, nao tenho preconceitos  contra portugueses. Aprenda com o povo cigano a ser pisado, mas manter a alegria do coração.
Assim se ve que quando se mantem o preconceito, perde-se otimas oportunidades de conhecer pessoas, de fazer com que a roda da vida ande, o preconceito, impede alegrias e nos engessa.
Foi assim minha romhá, meu trabalho só é feito numa ramasordé tao expoente, porque nao fico retida aos que nao nos apreciam, retenho sim, o povo que é cigano de alma, que consegue ver a beleza, de uma gente que vem dos tempos dos nomades de Moisés, mas que se abre para o novo e o desconhecido, justamente por isso, nao se engessa, nao impede, e apesar de todas as dificldades e preconceitos, nao perde o melhor da VIDA!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

CARNAVAL!!!!

Carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar no Cristianismo da Idade Média. O período do Carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou "carne vale" dando origem ao termo "Carnaval". Durante o período do Carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A festa carnavalesca surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma.

Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne marcado pela expressão "carnis valles", que, acabou por formar a palavra "carnaval", sendo que "carnis" do grego significa carne e "valles" significa prazeres. Em geral, o Carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira gorda, também conhecida pelo nome francês Mardi Gras), último dia antes da Quaresma. Nos Estados Unidos, o termo mardi gras é sinônimo de Carnaval.

O Carnaval da Antiguidade era marcado por grandes festas, onde se comia, bebia e participava de alegres celebrações e busca incessante dos prazeres. O Carnaval prolongava-se por sete dias na ruas, praças e casas da Antiga Roma, de 17 a 23 de dezembro. Todas as atividades e negócios eram suspensos neste período, os escravos ganhavam liberdade temporária para fazer o que em quisessem e as restrições morais eram relaxadas. As pessoas trocavam presentes, um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas e as tradicionais fitas de lã que amarravam aos pés da estátua do deus Saturno eram retiradas, como se a cidade o convidasse para participar da folia.

No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os bailes de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.
De acordo com o modo contemporâneo o carnaval ainda é considerado uma forma de festa bastante tradicional, pois persistiu por vários anos com o mesmo aspecto.

Para se entender o carnaval e outras festas populares, é necessário lembrar que a Terra ocupa o segundo lugar na escala evolutiva enquanto um planeta de provas e expiações. Aqui, e em mundos semelhantes, encarnam espíritos recém saídos da barbárie, dando os primeiros passos na sua história evolutiva e esses espíritos trazem consigo um grupo de sensações ou pulsões que precisam ser extravasadas para que não se voltem contra a sociedade em que encarnaram. Não foi a toa que Freud nos defendeu a tese de que a cultura nasce da repressão. Em verdade, estamos encarnados para reprimirmos as más tendências e adquirir elementos espirituais positivos como o amor, a solidariedade, o respeito ao próximo e as diferenças, em uma palavra, desenvolver as faculdades positivas do espírito.

A festa é o momento em que o espírito tem a oportunidade de pôr para fora, não necessariamente, o que ele tem de pior mas as suas emoções mais profundas. Como somos espíritos altamente imperfeitos as nossas festas quase sempre explicitam emoções do tipo primário. Nos tempos da Grécia antiga, as bacanais, festas dedicadas ao deus Dioniso ou Baco tornaram-se tão perigosas para o equilíbrio da polis (cidade) que teve de ser transformada em teatro como uma forma de "domesticação" do conteúdo nocivo da alma humana. A Festa do deus Líber em Roma; a Festa dos Asnos que acontecia na igreja no dia de Natal e na cidade de Beauvais no dia 14 de janeiro entre outras inúmeras festas populares em todo o mundo e em todos tempos, têm esta mesma função.

O carnaval é uma dessas festas que costuma ser chamada de folia que vem do francês folle que significa loucura ou extravagância sem que tenha existido perda da razão.

Qual a posição dos espiritualizados ante o carnaval? Sem querer ditar normas, apenas dando a minha opinião, o espírita, em primeiro lugar, deve compreender o carnaval; não ser muito severo, não ter medo dele por acreditá-lo uma expressão do mal e do diabólico da alma humana; não fugir dele por medo de sua sedução. Pode ser um observador comedido, se gosta da festa, ir ao sambódromo ou às ruas para ver os foliões e, se não gosta, pode aproveitar o feriadão para descansar, meditar ou estudar sozinho ou em conjunto; em resumo seguir o conselho de Paulo: "Viver no Mundo sem ser do mundo."