Fraco e Ruim.
Gipsy Kings! Infelizmente eu fui!
Pois é minha gente, vocês devem estar estranhando o título, mas na verdade é isso mesmo. Kallin que sou e não ingrata, começarei, antes de falar o porque, jamais esquecer o quanto sou grata, pelo carinho e atenção, de minha amiga querida e afilhada que me presenteou com o convite.
Convite em mãos. E começa uma expectativa, afinal Gipsy Kings! Eu já os tinha assistido em São Paulo na década de 90, e tinha adorado. Porém 20 anos depois não foi o mesmo termo que vou usar. A começar pela falta de cuidados de quem produziu, e dirigiu. Não teve show de abertura. Embora tenhamos artistas ciganos no Rio de Janeiro e no Brasil, competentes e capazes de fazer uma abertura para um show de celebridades do porte de nível internacional.
O show começou seco, na hora marcada, sem sequer uma apresentação ou celebração do grupo por estar naquele palco, numa cidade tão importante que é o Rio de Janeiro na América Latina. Não tinha cenário. O próprio cenário “nu” do Citybank Hall, foi o que la estava. Nenhuma estrutura bonita ou temática foi montada, como por aqui, temos o padrão de shows com mega cenários, estranhei. Não tinha figurino, eles entraram com a roupa que literalmente acabaram de levantar da cama, amassados, esmaecidos, sem cuidado nenhum.
Aqui cabe um precioso adendo. Há vinte anos atrás, vi um Show (o que hoje se chama Stand Up), com a Dercy Gonçalves, num Teatro pequeno, de bairro, numa faculdade, e ela sabiamente disse: O artista tem que se arrumar, tem que brilhar, tem que se preparar para o publico, pois é isto que o publico espera. E é verdade. Quando começou o show, percebi de cara que dos sete integrantes da formação original, somente cinco estavam no palco, (e os únicos dois que não saiam do palco, entraram mudos e saíram calados) com seus músicos de apoio.
Começaram timidamente, mas o pior ainda estava por vir. A cara de insatisfação, dos pensamentos de que “tomara que termine logo”, era nítido. Pedro Bailardo e Nicolas Reyes, eram os mais transparentes, e em estado de desconforto permanente. Saíram do palco varias vezes, com muitos minutos de espera, entre uma canção e outra, enquanto os que restaram faziam seu papel. Notoriamente alcoolizados, ou melhor chapados (as bochechas, de quem bebe destilado, denunciava tudo pelo telão), vinham e faziam o esforço para cumprir o contrato. O que pelo andar do poder vocal mostrado, o problema etílico deve os acompanhar há bastante tempo. Sendo assim, nem de longe o show lembrava o realizado antes.
Cantaram Pena Penita duas vezes, talvez por fazer menos esforço. Djobi Djoba, com extrema dificuldade, e depois o “enroleichom” se estabilizou. Muito instrumental, no lugar dos sete violões (que diga-se de passagem foi o que as pessoas pagaram para ver), com a maior característica, das cordas e do vocal aprimorado de outrora, tinha um teclado muito bem tocado, mas que não cabia ali. E carron e tumbadoras, tocadas por longo tempo, num ritmo que lembrou muito, e ate mesmo pensei que estava não num show do Gipsy, mas que talvez estivesse em Porto Rico.
A impressão que deu, foi que eles pensaram assim: Vamos fazer qualquer coisa, de qualquer jeito, naquele paizinho Tupiniquim, porque temos contas para pagar. Para quem esperava ver/escutar os sucessos mais importantes da carreira do grupo, teve uma certeza, alem de não os ouvir, eles pelo desgaste vocal, provocado evidentemente pelo álcool, não conseguem mais, agora só nos cds antigos.
Um guitarrista de apoio, tentou segurar o show, apoiado pelos Huus, e Haaa..... Mas que quase ganhou vaia. Enfim, também sem um corpo de baile (o que antes teve), as pessoas subiam ao palco (mulheres) para se apresentar, e digo que é estranho, mas quando bem feito, até cabe, para abrilhantar aquele momento, tão sem cor. Mais teve uma senhora, que literalmente “sem anágua”, que nos forçou a ver, através do seu bailar, suas roupas intimas, uma criatura que nunca pisou num acampamento, foi ali para ter seus cinco minutos de fama, denegrindo a imagem das ciganas.
Como se todas vivessem mostrando as calcinhas quando dançam. Uma afronta para a Raça. Foi lastimável. Tudo propiciado pela segurança, e por um roadie incompetente, o que alias estava muito de acordo com o grupo musical, para o qual trabalha. Enfim, só valeu por ver os amigos e passar uns momentos com eles. Esta foi a melhor parte do show, estar com os meus, conversar, rir, eles salvaram a noite.
Embora a sensação de ser “Lesado”, “Enganado” tenha acompanhado a noite. Podem ir Gipsy Kins, e não voltem mais. Estava tudo muito longe do grupo que encantou Brigitte Bardot, e a fez apadrinhar artisticamente o grupo.
Enfim depois de dias de espera, tive a certeza que foi um show, de uma banda decadente, em fim de carreira, com diversos problemas internos, que não preza o publico que o consagrou no Brasil, UM DESRESPEITO TOTAL, que venderam sua única apresentação no Rio de Janeiro, como uma grande mentira, que cabe no velho ditado: “Compramos Gato por Lebre”.
Nashti zhas vorta po drom o bango/Gipsy Kings - Nunca Mais.
Um comentário:
Pois é!! Aqui em SP não foi diferente! Tudo bem não ter uma produção no palco, pra mim bastariam os violões e a voz. Paguei pra ver isso... Mas lamentei por não tocarem seus maiores sucessos.
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