sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Devoção á Santa Sara Kali

DEVOÇÃO A SANTA SARA KALI
A hipótese da origem deste Povo ter se originado na Índia é provável, e pela devoção a Sara Kali é realmente impossível negar a familiaridade. Os ciganos nutrem o mais puro amor e respeito por Santa Sara, ainda que não seja provado o porque da escolha. Para os Indianos a Santíssima Trindade; Braman, Vishnu e Shiva é mais importante que tudo, já que neste país a religião tem suma importância. Kali, a negra é venerada pelo Povo Hindu com Louvor.
Para os ciganos a Santa Sara venerada com o mesmo louvor é negra; daí ser conhecida como Sara Kali, mesmo sendo um Povo em que não existem negros (pelo menos tradicionalmente). Muitas lendas contam que no ano 50 DC estavam numa embarcação atirada ao mar, sem remos e sem provisões as santas: Maria Jacobina, Maria Salomé, Maria Jacobé e ainda José de Arimatéia e Sara, uma escrava. Desesperadas as três Santas puseram-se a chorar. Então Sara tirou o lenço que trazia na cabeça e prometeu a Jesus que se todos se salvassem, ela estaria para o resto de seus dias a servir Jesus como sua escrava, jamais andando com a cabeça descoberta.
Milagrosamente a barca sem rumo, atravessou o oceano e aportou em Pethit Rhône, hoje Saintes Maries de La Mer. Sara cumpriu sua promessa e teve sua história divulgada pelas próprias Santas.
Outras lendas narram Histórias em que ela era uma Rainha Egípcia. Considerada pelo Vaticano como Santa de culto regional, Sara nunca passou pelos processos de canonização, não se sabendo ao certo o que levou este Povo a eleger Sara sua padroeira universal. Todo cigano tem em sua Tsara ou Casa, uma imagem de Santa Sara Kali, utilizam também medalhas pedindo proteção. A ela oferecem frutas, flores, incensos e muitas orações para pedir graças e agradecer as mesmas. Em Saintes Maries de La Mer (Camargue, Sul da França) a padroeira universal dos ciganos, é festejada em 24 de maio, na cerimônia que se chama “Dalto Chucar Diklô” (te trarei um lenço bonito, que é um presente comum que se da em agradecimento) onde se pede saúde, prosperidade e outras graças.
No Brasil a nossa padroeira nacional, é Nossa Senhora Aparecida, em razão de sua pele negra, ela é padroeria dos ciganos no Brasil. E assim tanto no Santuário de Aparecida (para nós Brasileiros) quanto na Catedral de Saintes Maries de La Mer na França, o cigano tem o compromisso de ir, nem que seja uma única vez em sua vida. As duas mais conhecidas são a Corrente de Santa Sara de Kali, e a dos nove ciganos de luz.

Corrente de Santa Sara de Kali
A Corrente de Santa Sara de Kali, deve ser feita nove segundas-feiras seguidas, fazendo a oração de Santa Sara, estando os nove participantes em círculo, escrevendo seus pedidos e colocando embaixo da imagem da Santa (no primeiro dia). A Corrente se passa assim, na primeira segunda-feira, as pessoas fazem as orações e seus pedidos, antes da segunda, segunda-feira, as nove pessoas passam para outras pessoas que começam a fazer na segunda, segunda-feira e assim sucessivamente, tem que passar para pessoas que não vão quebrar a Corrente, findo o encontro para fazer a oração na nona segunda-feira, terão fé que seus pedidos serão atendidos.
É costume cigano que se realize a novena cada dia na casa de um dos participantes, e que após tenha um chá de confraternização de fé entre irmãos. A corrente se processa assim: Cada pessoa deve ser protegida ou devota de cada um dos Ciganos de Luz, que são: Ciganas Sulamita, Carmem, Madalena e Esmeralda. Ciganos Juan, Artêmio, Wladimir, Manolo e Sandro. Deve-se reunir nove domingos e dirigir suas orações, pedidos e súplicas, estando em círculo e de mãos dadas onde estejam os quatro elementos: água (taça com água), fogo (vela), terra (cristais ou frutas) e ar (incensos). Ao final de suas orações falarão juntos nove vezes: “Dou-la ni kerava abelar ksouri ni djibe” (Deus me faz ter paz em minha vida). É de forte poder esta corrente, realizada por séculos tem comprovação de que os pedidos são atendidos.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Ordem dos Titulos em Ordem Cronologica


Bem amigos posto novamente os nomes dos titulos de meus livros em ordem, ate para voces que me enviaram suas impressoes, saberem pelos resumos, como estao os projetos a serem reeditados. A Sopa de Letrinhas da ordem das reedições depende de voces! Grata por tudo!
Me kamau Baxtalo Krecuno ai Latcho Nevo Bersh.

O Papiro Sagrado dos Ciganos – Editora Solo/Lançado em 1989 – Somente em Portugal - Esgotado
Em estudos de reedição – Direitos Averbados pela Editora Kalon/2008.
Oraculos Tradicionais dos Ciganos – Editora Solo/1991 – Editora Solo/Lançado em 1991 – Somente em Portugal - Esgotado
Em estudos de reedição – Direitos Averbados pela Editora Kalon/2008.
Galétzo Romani – O Livro dos Banquetes da Culinaria Cigana/ Editora Alves/Lançado em 1993 – Somente em Portugal - Esgotado
Em estudos de reedição – Direitos Averbados pela Editora Kalon/2008.
Kumpania – Editora do Porto/1993-1994 – Somente em Portugal - Esgotado
Em estudos de reedição – Direitos Averbados pela Editora Kalon/2008.
Ciganas Bruxas – Editora Alves/1994-1995 - Somente em Portugal - Esgotado
Em estudos de reedição – Direitos Averbados pela Editora Kalon/2008.
Aprendendo a Utilizar as Enigmaticas Forças do Universo – Editora Solo/1996 - Somente em Portugal - Esgotado
Em estudos de reedição – Direitos Averbados pela Editora Kalon/2008.Tsara Kalon – Editora Solo/1998/Somente em Portugal - Esgotado
Em estudos de reedição – Direitos Averbados pela Editora Kalon/2008.
Segredos de Magia Cigana - Editora Pallas/2004 – No mercado Atual
Mestres Ciganos Astrais – Editora Kalon –Prelo/ LANÇAMENTO EM 2009
Baralho dos Mestres Ciganos Astrais – Editora Kalon – LANÇAMENTO EM 2009
Tsara Muló – Editora Kalon/2009 – Sem previsão de lançamento

Ramona Torres (Cigana Kalon – Escritora e Oraculista)
Membro da CDCCPT – Centro de Defesa da Cultura Cigana de Portugal.
Membro da Sociedade dos Clãs de Magia e Cultura Kalon Evoriana.
ramonatorres@ig.com.br
http://www.ramonatorres.blogspot.com/
Orkut: Ramona Torres

O Papiro Sagrado dos Ciganos

Todos nós, gostaríamos de saber nos utilizar dos elementos oferecidos pela natureza, em nosso mundo mágico, e principalmente quando se trata de predições e iniciatica. A maioria de nós, amantes do porvir, desde cedo em nossa existência, tomamos contato com os quatro elementos, embora nem sempre estejamos muito antenados para pensar seriamente neles.
O Povo Cigano, por ter em sua origem, a tradição do nomadismo, aprendeu nas estradas que passou, muito do que lhes servia para sua própria sobrevivência. Os Ciganos aprendem com seus antepassados desde cedo, a interagir com estas forças que estão presentes num estagio bem maior que o etéreo, que o físico mesmo. Poucas vezes pensamos na quantidade de ar que “guardamos” em nossos pulmões, em nosso corpo e que sem ele não é possível viver. Poucas vezes pensamos no “tanto” de água que compõe o nosso corpo, e de como precisamos dela para viver. Poucas vezes pensamos em quando utilizamos a expressão “chão”, dizendo “nosso chão”, “fiquei sem chão”, “me faltou a chão”, simbolizando a terra de forma muito forte, de quanto precisamos da terra, mais precisamente, da força da terra para viver. Poucas vezes pensamos em quando estamos apaixonados, seja por uma musica, um trabalho, um projeto ou uma pessoa, poucas vezes pensamos no fogo que nos aquece o coração, de como precisamos da força do fogo para viver.
Ao pensar nestas situações, (re)descobrimos, que mesmo o homem se sentindo um conquistador, um senhor de sua vida, sabe que estas forças poderosas estão acima de nós. Mas que podem interagir conosco, por este motivo os ciganos em seus misteriosos rituais iniciaticos e de predição, tem ações tão sólidas e estranhas, que interagem com os elementos ampliando os poderes na comunhão com as forças astrais para poder auxiliar os seus semelhantes. O que passo para o papel agora são ensinamentos fortes e complexos, descrevo estes segredos de minha cultura, visando que não fique restrito a poucas mãos.
É meus amigos leitores, quando eu escrevo, sempre penso em vocês, sim em vocês, porque embora meu povo seja conhecido, estou falando de um povo de essência muito secreta, da liturgia cigana, falo de muito amor, de temas que não são conhecidos pelos não ciganos, não sabidas pela maioria das pessoas, mas que todo mundo quer conhecer, quer saber. A curiosidade geral é sempre gira em torno do secreto, do mistério, do sagrado.
Bem, o que se pode falar da Iniciatica Religiosa dos Ciganos? De acordo com a nossa tradição, nossos costumes atravessam séculos, numa trajetória de vencer dificuldades, e isso nos fez agrupar praticas, dos contatos astrais, com muita experiencia, fazendo-nos suportar as mais diversas necessidades atraves dos tempos. Não somos limitados, dentro de nossa tradição, mas nossa cultura politeísta, sempre é respeitada. Temos os pilares de nossa vida e cultura e levamos para a nossa iniciatica, e hoje durante os movimentos do planeta, sabemos que os espiritos ciganos podem entrar na aura de não ciganos, fazendo um trabalho lidimo, limpo, ilibado, embora o medium tenha uma dificuldade inicial, ele acaba conseguindo se portar dentro da cultura espiritual. Aceitamos e respeitamos todos os ensinamentos e outras tradições, buscamos aprender, para melhor aperfeiçoar o espirito de acolhimento entre os confrades que abarçam a nossa raça, unidos pelo amor à Raça Cigana.
Para que o homem nesta época de transformação do Cosmos, seja inteligente, utilizando, acima de tudo, preservando a natureza que Deus criou, e que detém uma magia poderosa. A energia oriunda dos elementos é tão forte que já deixou varias marcas na historia da humanidade com suas revoltas naturais.
Por este motivo, o Povo Cigano sempre se valeu destes elementos como amigos, utilizando a Sabedoria dos Ventos, a Paciência dos Riachos, a Fortaleza dos Campos e a Luz das Fogueiras para viver, predizer, orientar, acalmar e se harmonizar, sem medir forças com o mundo, mas sim “Viver Bem”, dentro dele. Interagimos com os Espiritos que vivem ao nosso lado, com quem me deito toda noite, com estes amigos astrais que me guiam, e conduzem minhas maos, para levar até voces sobre o mais belo do que temos de sagrado, secreto e misterioso domeu amado Povo Cigano.

Ramona Torres (Cigana Kalon – Escritora e Oraculista)
Membro da CDCCPT – Centro de Defesa da Cultura Cigana de Portugal.
Membro da Sociedade dos Clãs de Magia e Cultura Kalon Evoriana.
ramonatorres@ig.com.br
http://www.ramonatorres.blogspot.com/
Orkut: Ramona Torres

Oraculos Tradicionais Utilizados pelo Povo Cigano

Os ciganos desde as épocas mais remotas se valem de inúmeras formas nas artes de adivinhação, seja com cartas, na palma das mãos (hoje os que são os métodos mais utilizados), na borra de uma vela ou na água. A forma em si, não importa, o que realmente importa é como conseguimos predizer através dos poderes que o universo “nos empresta”. Conseguimos decifrar tradicionalmente o “Presente, passado e futuro” de nossos clientes.
A Cartomancia é uma arte antiga e provavelmente foi propagada com a própria expansão migratória dos povos em suas conquistas territoriais através do mundo. As civilizações antigas consultavam-nas para tudo como “Oráculo de Sabedoria” e foram aceitas até a idade média, tanto pelo estado como pela igreja. As cartas de jogo ou minorarcana surgiram na Europa em meados do século XI, mas não existem dados de veracidade comprovada que atestem como foi para lá. Por volta do século XVII, a minorarcana havia adquirido maior popularidade por se transformarem em instrumentos de diversão e apostas, o que denegriu a imagem de Jogo Divinatório, causando um preconceito que dura até hoje. Embora não se possa precisar da origem das cartas, fica-nos o fato de que desde o surgimento, suas formas de jogar tiveram pouquíssimas alterações no decorrer dos séculos, e é isto que nos permite perpetuar sua prática.
Muitos não acreditam em predição sem ao menos entendê-la. As cartas revelam parte do caminho, mais não obriga ninguém a segui-lo, porque temos sempre no mínimo duas possibilidades e aí é que usaremos o nosso livre-arbítrio.
É provado que revestidos de uma técnica em conjunção com forças astrais, as cartas predizem com grande número de êxito. As ciganas com seu jeito descontraído de atender os clientes disfarçam. Por que são profundamente observadoras e conhecedoras das mazelas humanas. Percebem a qual mundo aquela cliente pertence, e outros fatores que dizem muito da pessoa antes de abrir um jogo.
As ciganas mesmo as mais abastadas, sempre exercem seu ofício de consultora de oráculos, por amor a sua tradição, por amor ao seu baralho, por missão devocional a fé cigana. Sabemos da responsabilidade que nos é imputada, quando deitamos as cartas para alguém. Conceitos poderão ser mudados, mensagens serão dadas e muitos clientes a partir dali vão erguer os seus castelos. Vou ensinar a vocês o que aprendi, pois existem inúmeros métodos de se jogar, no entanto este é um dos mais tradicionais entre os irmãos de raça cigana.

Cartomancia

MÉTODO UTILIZADO PELAS CIGANAS KALONS DE ÉVORA

Neste método é usado um baralho inteiro, retiram-se somente os curingas. Os naipes estão vivamente interligados aos quatro elementos da natureza. Ouros ao elemento terra, fala na maioria das vezes, de assuntos relativos aos bens materiais. Espadas ao elemento ar, e trata de assuntos relativos ao intelectual e mental. Copas ao elemento água, e dizem a respeito das emoções e amores de todos os tipos. Paus ao elemento fogo, ligadas às realizações e ações concretizadoras de cada um.
As cores também têm os seus significado quanto mais vermelhas, boa sorte, quando mais negras, tenham cuidado.
Se os quatro elementos estiverem à mesa, abrirão o canal de intuição de forma mais rápida, mais não é imprescindível. Algumas recomendações são de grande valor para o consultor seguir, são elas: Não terem tido relações sexuais no dia, não terem ingerido álcool, não ter vindo de enterro, não estar menstruada, não estar sob tensão nervosa e jamais deitar cartas na sexta-feira da paixão, é grande mau presságio.
A oração a ser proferida pode ser uma de sua preferência e crença, se não souber nenhuma faça esta de comprovado poder:
“Oh, meu amantíssimo Senhor, vós que sois o Deus do Universo, permiti que estas cartas digam-me o que eu quero saber, porque Senhor não tenho mais a quem recorrer. O Senhor esteja comigo e me ajude, me socorra Maria Santíssima, minha mãe. Virgem Mãe, socorrei-me por intervenção do Vosso Amado Filho Jesus, Senhor meu, a quem com vivíssima amo de todo o meu coração, corpo, alma e vida. Cartas, vós não haveis de faltar para comigo, pelo sangue derramado de nosso Senhor Jesus Cristo. Assim seja”.

Significados das Cartas por Naipe
OUROS
Ás – Chegada de carta ou documento aguardado. Boas notícias. Proposta.
Dois - Casos de amor ou amizade em crescimento, desaprovado por outras pessoas. Bons negócios em andamento.
Três – Disputas, brigas e início de separação, se houver perdão o resultado será benéfico.
Quatro – Não tenha atritos por falta de paciência e atitudes impensadas, um velho amigo pode surgir e ajudar o caso a se resolver.
Cinco – Gravidez ou nascimento de criança próxima ao consulente, uma perda repentina de dinheiro será compensada com oportunidades e propostas não esperadas. Sociedade feliz.
Seis –Dificuldades conjugais, separação e divórcio. Esta carta prediz que mesmo assim ainda existe amor. Morte de pessoa ou projeto.
Sete –Atritos por causa de boatos e fofocas, desentendimentos passageiros com promessas de que “depois da tempestade vem a bonança”.
Oito – Romance e viagens estão favorecidos para jovens e idosos. Sorte que flutua. Cuidado com perdas e roubos e também com ganhos de bens vultuosos.
Nove – Assuntos financeiros em pauta, mudanças de residência ou emprego. O amor entra em uma nova fase, no entanto cuidado com falsas amizades.
Dez – Viagem inesperada ou proposta de trabalho. Pessoa querendo romance perto do consulente. Negócios arriscados protegidos.
Valete –Novidades virão através de pessoa amiga, se o consulente for mulher serão más notícias (não graves) e simboliza também aviso contra desonestidade alheia.
Rainha –Mulher madura que interfere na vida do consulente em questões de negócios, esta lamina recomenda muito tato.
Rei – Pessoa influente que pode ajudar nos interesse do consulente, mas que certamente quer algo em troca que o consulente tem.

ESPADAS

Ás – Fim de uma fase e começo de outra, tensões em casa e no trabalho. Período desgastante e passageiro. Terá a frente um caminho iluminado.
Dois – Mudança de situação, fim de relacionamento ou morte de pessoa conhecida. Modificações dolorosas, mais benéficas.
Três – Prudência em qualquer setor da vida, uma terceira pessoa quer interferir em sua vida sutilmente.
Quatro – O quatro de espadas é o Arauto das desilusões, desapontamentos, contratos quebrados, problemas com finanças e falta de apoio.
Cinco –Se os planos não vingaram, não se aflija, os problemas são temporários e terão solução. Seja paciente e determinada.
Seis – Para conseguir emprego ou negócio, será terrivelmente lento. Seja paciente e não desista tudo dará certo.
Sete –Problema inesperado em família, gasto de dinheiro fora do orçamento, ansiedade e conflitos desnecessários.
Oito – Dificuldades por todos os lados, viagem programado não sairá. Saúde frágil, amigos mostrarão a sua verdadeira face. Estando sob tensão não brigue pode ser prejudicial a você mais tarde.
Nove –As energias físicas estão em baixa. Afaste a depressão e persista, a má fase esta para acabar. Faça plano real. Se cuide.
Dez –Boatos que irão tirar o sossego quanto a pessoa amada, não deixe que lhe afete e nem tire o seu entusiasmo, o futuro lhe sorri.
Valete – Um parente revestido de boas intenções causa problemas, por ser irresponsável e não confiável. Apesar de inteligente e boa companhia.
Rainha – Uma mulher viúva ou divorciada pode ser de grande ajuda, mas cuidado pode ser inimiga em potencial e perigosa. O melhor é contar com seus verdadeiros amigos.
Rei – Homem bem sucedido possivelmente advogado “de carteira ou ações”, que com sua influencia pode ajudar o consulente. Seus conselhos são bons embora seja ele um tanto dominador.

COPAS

Ás – Propostas de casamento, convites para festas. Afeição amorosa de amigo (a) causando embaraço.
Dois – Amizades fortalecidas. Boa sorte, antigos amores querendo voltar arrependidos.
Três – Noivado ou casamentos presentes na vida do consulente, escolhas difíceis, o consulente terá de “ganhar tempo” para se decidir pelo melhor.
Quatro – Tempo de mudanças, de trabalho ou casa, casamento é provável para o consulente só.
Cinco - Coloque os pensamentos em ordem antes de tomar decisões. O melhor é relaxar antes de enfrentar os problemas ou tomar decisões drásticas, amor renascendo.
Seis – Segredos descobertos, nascimento de crianças, consulente descobrindo mistérios.
Sete – Cuidado com amigos. Amigos irão desfazer encontros combinados sem aviso, o romance está protegido.
Oito – Vida social em evidência e chances de conquistar o que deseja. Viagens e passeios românticos.
Nove – Conhecida como a carta dos desejos realizados, bom presságio e sucesso. No caso de mal entendidos ficara tudo esclarecido.
Dez – Vitória difícil, sucesso familiar e nos negócios, surgimento de oportunidade para acertar o seu futuro, não deixe passar.
Valete – Amigo ou parente apresentará pessoa que será importante na vida do consulente.
Rainha – Mulher bondosa que ajuda materialmente e emocionalmente. Embora de bons conselhos, é um pouco mandona.
Rei – Homem bem relacionado, generoso, mas muito indiscreto. Quer ajudar o consulente nas questões materiais.

PAUS

Ás - Presentes, realizações, novidades e dinheiro. Término de espera por documento ou cartas importantes.
Dois – Cuidados com fofocas que farão por inveja do consulente só para o ver sofrer.
Três – Casamento feliz e relação duradoura cheia de risos.
Quatro – Planos audaciosos devem ser feitos em outro momento. Traição esta a espreita desta jogada. Não de ouvidos a todos.
Cinco – Tempo de modificações para o melhor para finanças e novos amores.
Seis – Alguém ama o consulente em segredo, esta pessoa trás sucesso comercial e encabeça projetos financeiros de sucesso.
Sete – Ganho de presente ou pagamento de dívidas. Uma nova amizade trás alegrias. Nesta carta trás escritos perigosos, não assine qualquer coisa sem apoio legal.
Oito – Tempo de incertezas, pequenos problemas tomando vulto, o mais indicado é cortar o mal pela raiz.
Nove – Surgimento de atritos, ganhos materiais e propostas vantajosas incluindo casamento.
Dez -Ganhos financeiros, como herança ou pagamento inesperado. Viagem para lugares distantes levando a um encontro amoroso.
Valete – Para consulente mulher, um admirador apaixonado e bem intencionado. Para homem, ajuda de amigo fiel.
Rainha – Mulher amiga e sábia, se homem provavelmente sua esposa.
Rei – Homem maduro e correto em seus negócios, é grande ajuda para o consulente. Possivelmente parente, pois é uma relação muito próxima.

Embaralhe as cartas em silêncio se concentrando e peça que seu consulente faça o mesmo, se concentrando em silencio. Peça mentalmente licença ao anjo de guarda do consulente, para que você possa fazer seu trabalho. Peça ao consulente para cortar o baralho (qualquer mão), em seguida o consultor apanha e retira 21 cartas, arrumando 3 linhas de 7 cartas. Serão lidas da esquerda para direita.
A primeira se refere a fatos passados que influenciaram a situação atual. A segunda fala das circunstâncias atuais com o assunto em questão. A terceira as possibilidades futuras do consulente.
Esta jogada de 21 cartas deve ser deitada para um assunto de cada vez. Amor, uma deitada. Dinheiro, outra deitada. E assim vai. Pra tirar uma dúvida em meio a um jogo, espalhe o baralho em fila (o que restou do baralho) e peça ao consulente para tirar 7 cartas e leia em separado. Para o consultor que lê as cartas, o consulente é representado do seguinte modo: Se homem casado = Rei de ouros, se solteiro = valete de ouros. Se mulher casada = dama de ouros, se solteira= dama de copas. As mulheres não devem usar roupas masculinas para ler as cartas, para não confundir a energia. Quando homens não usarem roupas pretas.

CARTAS ARABES OU JOGADA COM 40 LÂMINAS

Falando de cartas Árabes, não se encontra dados que garantam autenticidade histórica que confirmem a origem do Jogo de Cartas ou Cartomancia Tradicional, como é mais conhecida. Entretanto as versões dos especialistas no assunto atestam com possibilidades de veracidade dos fatos de modo incontestável.
O Jogo de Cartas é tradicionalmente ligado aos Ciganos, como também inúmeras formas da arte de predizer o futuro. Embora não esteja representando os Orixás em sua simbologia, filhos de Orixá, utilizam este oráculo para suas predições em várias casas de culto. E pessoas que trabalham como conselheiro espiritual e são simpatizantes de Cultos Africanos também. As Cartas Árabes foram propagadas no Continente Africano e na Europa, que é considerada as portas do mundo para a divulgação da existência de forças mágicas. Como os Tribunais do Santo Ofício tiveram influência decisiva na Cultura Européia, há o outro lado em que fortaleceram o fato da existência de magias e culturas sobrenaturais fora do Continente Africano.

SIMBOLOGIA DAS CARTAS ARABES

Para deitar as Cartas Árabes necessitamos dos reis, damas, valetes e ás de todos os naipes. E da numeração do dois ao sete. Simbolizando do seguinte modo: Homem e Mulher casados serão representados pelo Rei e Dama de Copas. Homem e Mulher solteiros serão representados pela Dama e Valete de Ouros. O naipe de Copas representará sentimentos de Amor. O naipe de Paus representará Boa Sorte. O naipe de Ouros representará Finanças e Dinheiro. O naipe de Espadas representará quase sempre Lutas e Brigas.
A oração que o consultor fará para a leitura das cartas pode ser dirigida aos Orixás ou outras Entidades. Temos que ter tato, pedir licença aos anjos da guarda para que este elo astral seja feito, que este fio condutor funcione e nos traga o que desejamos fazer com a graça do Pai Eterno.
Elementos da natureza podem estar à mesa do jogo, como Velas, Incensos, Cristais e Água, mas não são imprescindíveis. Apenas defume seu baralho e não o utilize para outras coisas

SIGNIFICADOS

REIS
Copas – Homem simpático, sincero e calmo.
Paus – Significa sucesso certo, amigos fieis e presentes.
Ouros – Homem abastado de vivência acentuada.
Espadas – Homem adversário, severidade.

DAMAS
Copas – Mulher fina, amada, delicada, sincera.
Paus – Mulher amiga, sincera, verdadeira de bom coração.
Ouros – Mulher rica de idade acima dos 40 anos.
Espadas – Inimiga malvada, intrigante, invejosa.

VALETES
Copas – Apaixonado secreto, admirador, amigo leal.
Paus – Paixão enlouquecedora e desleal.
Ouros – Rapaz de boa posição profissional.
Espadas – Por conhecer breve rapaz maldoso e jovem.

SETE
Copas - Sucesso, alegrias amorosas e surpresas.
Paus - Satisfação nos negócios e trabalho.
Ouros – Negócios, lucros, favorecimento na vida financeira.
Espadas – Fracassos, perda de dinheiro, prejuízos.

SEIS
Copas - União, felicidade, dinheiro.
Paus - Sorte, risos, vitória.
Ouros – Negócios favorecidos.
Espadas – Tristezas chegando a sua porta.

CINCO
Copas – Boas idéias.
Paus – Sorte, triunfos.
Ouros - Trabalho e dinheiro em alta.
Espadas – Ciúmes e brigas.

QUATRO
Copas - Sua casa
Paus - Viagens, encontros, presentes.
Ouros - Lucros inesperados.
Espadas - Inveja dentro da família.

TRÊS
Copas – Sucesso nas artes.
Paus – Viagens, festas, presentes dos céus.
Ouros - Lucros pequenos.
Espadas - Desastre, viagem trazendo problemas e infelicidades.

DOIS
Copas - Viagem por amor de todos os tipos, encontros.
Paus - Vai dar tudo certo, tudo bem.
Ouros – Viagens de trabalho.
Espadas – Infelicidades.

ÁS
Copas – Notícias alegres.
Paus – Infelicidade, morte de projeto, luto.
Ouros – Cartas, notícias com mensagens que trazem mudanças fortes.
Espadas - Notícias ou recebimento de documentos.

Deve-se embaralhar e fazer a tiragem de 21 cartas, em 3 fileiras de 7 ou simplesmente ir tirando e lendo, sempre fazendo um casamento entre as lâminas. Boa sorte!

Galétzo Romani

Quando pensei em fazer um trabalho novo, estava a pensar num tema que fosse de curiosidade de todos, de interesse geral mesmo. Mais ao mesmo tempo que atendesse a linha já desenvolvida por mim, seguindo o traço de trabalhos anteriores, de comunhão, de revelação sobre meu povo. Povo que nesta era, nestes mil anos que iremos passar, deseja começar esta união de Gadjês e Ciganos, trocar o que temos de melhor, e assim surgiu a idéia. Um livro de receitas da cozinha români? Por que não? Além de ser um assunto interessante para muitos glutões, este ato de revelação vem a reforçar a continuação do entendimento que já começou.
As receitas da culinária cigana são grande tesouro para nós. Tanto que as receitas são passadas de mãe para filha. Os segredos de cozinha, são segredos ritualísticos, são indispensáveis para qualquer tipo de acontecimento gastronômico que mobilize os ciganos. Tudo que aprendi, foi com minha mãe, que modéstia à parte, é uma grande vilã destruidora de regimes. Fazendo os pratos tradicionais, faz com que cometamos doces pecados. As shuvanis como ela, deixam uma herança que não pode ficar restrita à um Clã, uma comunidade, é preciso que seja dividido, é preciso que o conhecimento seja passado, para que esta energia possa fluir e venha haver realmente a troca que o universo deseja, a que a alma do mundo nos inspira para que seja passado. Quando vemos um alimento em sua banca de venda, ele pode parecer colorido, bonito, mais quando a alquimia é feita, quando é trocada a energia do alimento com a nossa na hora do preparo, é que começa a magia.
Os Ciganos tem muitos procedimentos de cautela para que esta energia desprendia seja sempre positiva. Tendo uma série de sábios cuidados na hora de preparação das refeições. Pois sabemos que o corpo se nutre, mais é o espírito que se alimenta. Segredos há muito guardados serão revelados e tenho certeza que estando a mão de quem procura, será o primeiro passo para o entendimento desta troca, que temos agora oportunidade de fazer.A cozinha cigana, é variada, condimentada, diferente, inesquecível. Todo zíngaro ou gadjô glutão, que aprecia os prazeres da boa mesa, irá certamente incluir receitas de culinária cigana no seu cardápio. E os trabalhadores de magia, poderão aperfeiçoar ainda mais.
Quem prova da Cozinha Rromhá não esquece jamais, pratos diferentes serão experimentados pelo seu paladar. Degustarão incríveis misturas, uniões impensadas, sabores suaves, picantes, embriagantes, deliciosos. Sabores diferentes e exóticos de nossa cultura, dignos de seu reinado. Estará ao seu alcance toda a magia da cozinha cigana, quem vai querer deixar de provar? Bem quando se fala em cozinha, principalmente quando estamos com fome, a boca logo enche d'água. A cozinha cigana possui uma grande variedade de sabores, em virtude de seu movimento pelo mundo. Desde os primórdios dos tempos, as grandes caravanas, incorporam alguns sabores das terras onde passam.
Quando de Kumpania em algum lugar, os ciganos procuram conhecer de tudo, inclusive a culinária local. Aproveitando e principalmente transformando receitas, adequando ao paladar e aos nossos costumes, assim foram criadas receitas de sabores incríveis, exóticos e únicos, que só a Rromhá sabe fazer. A influência do Oriente é marcante, por esse local ser de onde os ciganos se originaram (Índia), caracterizando vários pratos ricos em condimentos e temperos. Outras localidades por onde nosso povo passou ainda no grande Continente Negro, trouxeram enriquecimento ao paladar români.
Da Europa, que foi a porta do mundo para nós, temos influências de vários países. Espanha, Portugal, França e Itália, nos influenciaram com a sua culinária regional e tradicional. Muitos outros países onde viveram/vivem uma grande gama de "Filhos das Estrelas", também nos trás algumas pitadas de criatividade que abrilhanta ainda mais o nosso vasto manancial de receitas saborosas e únicas. Como já foi dito, a cozinha români, tem a capacidade de transformar e criar pratos, dando um toque cigano todo especial, utilizando condimentos de todo o mundo, como os ibéricos, meridionais, orientais e ocidentais e os tradicionais. E em virtude mesmo desse movimento constante e marcante, incorporamos à nossa cozinha, fatores que podem passar desapercebidos na cozinha gadjô.
Fatores estes de supra importância para nós, como astral, modo de fazer, corpo puro do cozinheiro, material dos vasilhames, comidas tradicionais de ocasião e muitos outros costumes. Estas influências da Galétzo Români, são traduzidas em pratos ímpares, que misturam doces, salgados, frutas frescas e secas, chás dos mais variados tipos, carnes, frios, e também uma variedade de gostosuras. A gastronomia de um povo andarilho, que mantém suas tradições, tem desde pratos rápidos e práticos, até pratos elaborados e sofisticados, e tem de estar à mostra, á mão dos que se interessarem em se deliciar com receitas de pratos, que são um verdadeiro tesouro.

Kumpania

Para começar a falar de nosso Povo, é preciso levar em conta que somos um povo de idioma ágrafo, sendo este o nosso maior patrimônio e por mais que sejam feitas inúmeras pesquisas, pouco se pode afirmar com exatidão. Mesmo que exista um grande número de dados, uma reconstituição histórica exata que possa ser considerada como autêntica é difícil. A começar pelo nosso próprio idioma, os maiores estudiosos afirmam que a origem dos ciganos teria nascido na Índia, devido a semelhança do Sânscrito, a língua clássica indiana com o Romanê, idioma falado pelos ciganos. O Romanê, Romaí, Români ou Romani, ao longo dos tempos também sofreu influências dos locais onde os ciganos passaram e devido a isto, formaram assim inúmeros dialetos, assim sendo não há forma universal deste idioma que seja comum a todos os grupos. Na atualidade tem-se somente uma base, podendo constar muitas outras formas fonéticas que foram incorporadas por nós.
Os ciganos desde os primórdios dos tempos ficaram conhecidos por exercer atividades itinerantes como: Artistas de Circo, Vendedores de Cavalo, Comerciantes Itinerantes, Domadores, Amestradores, Ferreiros, Praticantes de Artes Divinatórias, e etc...... Hoje no mundo contemporâneo, após esta diáspora inexata, os gitanos em sua maioria, fizeram um misto de vida cigana e vida gadjé, aproveitando os melhores hábitos dos gadjés, sem nunca esquecer sua essência e sempre sendo fiel a sua religiosidade.
Na atualidade, devidos aos avanços tecnológicos que ocorreram no mundo, é também mais difícil uma vida nômade, mais ainda existe. Os ciganos em sua maioria, hoje levam uma vida normal, morando em casas, estudando (é provado que ser inculto não trás benefícios para ninguém), trabalhando, tendo acesso a internet, mais nem por isto deixa de acampar em suas férias, de exercer seus rituais, de acreditar em suas crenças.
Hoje devido a abertura que temos, encontramos muitas formas de dividir nossa cultura, ensinando nossas tradições aos que estão em sintonia com os ensinamentos do nosso modo viver cigano, fazendo uma unidade baseada no amor, no respeito e na sinceridade. Muitos gadjós que são ciganos de alma, tem se aproximado de nós, e com isto algum preconceito que existe, pelo menos no Brasil, tem diminuído consideravelmente, graças a Deus.
O povo Cigano é detentor de uma religiosidade única, veneramos vários santos, dentre os quais temos: Nossa Senhora Aparecida (padroeira dos ciganos no Brasil), Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Luz, Santa Rita da Cássia, Virgem de Macarena (Padroeira dos ciganos na Espanha, querida e amada pelos Calons), Santa Virgem de Triana e nossa padroeira universal, a amada Santa Sara Kali, conhecida também por Virgem Sara. Esta religiosidade se encontra presente em todas as situações de nossa vida, estando presente em nossos rituais e nos ritos de passagem, que são a contagem do tempo cigano, independente do calendário tradicional.
Falsa é a idéia que o gosto pelas viagens seja o único fator responsável pelo nomadismo dos ciganos, pois na verdade, há uma longa história de perseguições e fugas.
Apenas no País de Gales os ciganos tiveram espaço para manter parte das suas tradições. Essa tolerância os levou a se sedenterizar e se misturar com a população local, dando origem aos posh-rats, ou ciganos mistos.
Na Andaluzia (Espanha), também encontraram facilidades, ocasionando sua permanência. Entretanto, durante a Inquisição Católica, vários deles foram expulsos pelos Tribunais do Santo Ofício. Não tendo direito de escolha, foram na grande maioria, enviados para Portugal, depois cruzando o mar rumo à miséria nas colônias africanas, asiáticas e americanas.
Alguns séculos mais tarde a Alemanha, sob o Domínio Nazista pretendia exterminar as raças consideradas inferiores, e entre elas estava a casta cigana. Em 1933, ano em que Hitler subiu ao poder, as restrições se tornaram mais severas. Os homens eram levados para prisões ou para os campos de concentração, enquanto que as mulheres eram vítimas das experiências realizadas pelos médicos alemães. Elas eram na maioria das vezes, esterilizadas para assim servirem de prostitutas; as que se encontravam grávidas eram cruelmente assassinadas.
Neste mesmo ano (1933), cerca de 5 mil ciganos foram deportados para Polônia. Sem as mínimas condições necessárias para sobrevivência, o frio, a anemia e a proliferação de doenças, muitos morreram, sendo seus corpos levados para crematórios coletivos.
Para justificar as perseguições e o extermínio dos ciganos, foram criadas várias lendas preconceituosas quanto à sua origem. Uma delas diz que eles são descendentes da família que negou hospitalidade à Maria e ao Menino Jesus durante a fuga para o Egito. Outra, conta que foi um cigano quem forjou os cravos com que crucificaram Cristo.
O que realmente provoca intolerância contra esse povo, é a capacidade de preservar os próprios costumes e tradições. Antigamente a forma de vivência cigana era basicamente dividida entre: Nômades - percorriam o mundo em carroções ou traillers. Semi-nômades - embora morassem em residências fixas, mantinham barracas no quintal onde se utilizavam do próprio dialeto, assim como das vestimentas tradicionais. Sedentários - aparentemente, não deixavam vestígios de sua ciganidade. No mundo contemporâneo, estas duas formas ciganas de viver, os semi-nômades e os sedentários, são as mais utilizadas pelos ciganos de diversos grupos e clãs, entrosando a dinâmica e a tecnologia do mundo gadjó com as tradições e magia, da arte cigana de viver.
O nomadismo dos ciganos foi uma das marcas que identificava o estilo de viver da raça, tendo muitos outros também como sua hierarquia e seu regime doméstico tradicional, embora muitas coisas tenham sido transformadas, até para que possamos acompanhar a evolução dos tempos. O Tribunal cigano é formado pelas nossas próprias leis ciganas, e também acompanharam a evolução dos tempos. O Kris-Romani é formado só por homens, onde deliberam sobre a questão em pauta, e resolvem os mais variados assuntos de interesse do Clã, sem que o veredicto tenha a rigidez de outrora, hoje o aconselhamento é o resultado decidido em quase 100% dos casos.
No regime doméstico tradicional, homens e mulheres têm papeis definidos. Somente a mãe pode corrigir imposturas dos filhos, as mães ensinam logo que seja possível as artes divinatórias para as meninas, e para os meninos que revelam dons. O pai ensina aos filhos homens, funções masculinas em geral e música. Hoje em tempos atuais devido ao ritmo dinâmico que vivenciamos, estas tarefas podem não ser tão definidas, mas certamente são ensinadas tanto pelo pai, como pela mãe. E ainda ambos juntamente com os avós ensinam o Romani para o tchaorrô, desde a mais tenra idade.
Os Grupos mais conhecidos são: Kalderash, Matchuaia, Louvara, Churari, Romanichal, Calon, Sinti, Rudari, Boyash, Ungaritza, Luri, Bashalé, Romungro, Xoxarai, Gurbeto e ainda existem muitos outros. Cada Clã tem seu país de origem, sua incorporação de hábitos, que influi em toda a sua cultura, sem nunca esquecer a sua base.
Naturalmente místicos, a religiosidade faz parte do total do seu dia a dia, assimilamos diversas formas de religiosidade de lugar em que vivemos sem modificar a nossa essência. Na forma cigana de enfrentar o mundo, fazem parte o medo do olho grande, na força do destino, o culto a nossos antepassados e a certeza da reencarnação.
A sexualidade é muito importante para nós, a moral dos costumes ciganos já foi mais conservadora, porém no mundo contemporâneo, os valores foram um pouco modificados diante da dinâmica da vida, hoje tanto o homem quanto a mulher tem mais poder de decisão na escolha de sua futura vida conjugal e sexual. Nos tempos antigos a cigana casava-se ainda na menarca (a primeira menstruação), os casamentos eram firmados entre dois Clãs, pelos pais e o sexo era função prioritária para se procriar, todo esse cuidado era pela continuação da raça. O casamento entre ciganos e não ciganos era totalmente desaconselhável. Hoje se existir amor e respeito pelos costumes a união é perfeitamente aceitável, os casais ciganos são discretos em público, e a maioria prefere realmente casar-se para não viver em concubinato. A esposa cigana esta sempre a cuidar de seu marido, isto é comum a todos os grupos. Quando falo destes costumes, e me refiro a mudança é generalizando, porque existem Clãs, totalmente tradicionais em seu modo de viver, mais são poucos.
A indumentária cigana, o jeito cigano de se vestir, é tradicional e foi um dos poucos costumes que sofreram poucas mudanças, apesar de hoje terem incorporado novos hábitos no tocante ao vestuário. No dia a dia, roupas mais confortáveis e comuns (na verdade, menos trabalhosas), as mulheres algumas vezes usam até mesmo jeans. Porém nos dias de festa, as gitanas exibem seus cabelos longos, seus ouros, suas saias longas, coloridas e rodadas, com decotes que mostram o colo, ficam lindos, pois elas são a mais perfeita personificação da figura cigana. Os homens gostam muito de roupas confortáveis, porém nas festas usam o bolero, geralmente de tecidos brocados, o chapéu, os ouros, as botas e o cachimbo que completam o conjunto.

Ciganas Bruxas


Bem pra começo de conversa, sei que pode parecer estranho, uma cigana falando de Bruxaria. Mas como diriam os meus ancestrais: Ora Pois! Porque não? Minha ancestralidade, minha família tem raiz evoriana, isso mesmo na antiga Portugal, onde a Moura Torta fez historia. Nasci convivendo com muita naturalidade, mesmo com muita intimidade com a magia. Magia de varias linhas. Cigana é claro, a principal, mais umbandista, com as feitiçarias, com o ocultismo e sim, também com a bruxaria. Os bruxos que viveram na Évora antiga, ainda vivem e nos brindam com a sua arte mágica. Os descendentes que aprenderam com a Bruxa de Évora, nos primórdios, aprenderam e ensinaram muitos feitiços aos ciganos que eram quase que totalidade da população, uma convivência pacifica e benéfica para ambos. Ao escrever, e falar da bruxaria cigana, não posso me furtar a falar de minha vivencia pessoal com a bruxaria.
Sendo cigana, vivi sempre com os espíritos, com as mandingas elaboradas por minha mãe, tias, primas e avos. Aprendi aos 7 anos a ler a sorte das pessoas no baralho cigano e minorarcana.
Fazia feitiços, atendia pessoas, fazia magias, mas efetivamente a bruxaria entrou na minha vida mais tarde. Não somente por ser cigana da sangue, mas minha vida sempre foi muito “morando cá e acolá”, casei cedo, morei fora do país, e em vários estados brasileiros, uma gama de lugares que me faz ate lembrar a musica “...... já morei em tantas casas, que nem me lembro mais.....” poderia ter sido feita para mim. E no Rio de Janeiro, aos 30 anos, morei numa em especial, no bairro de Benfica, ali na antiga av. suburbana, ali naquela casa, senti a bruxaria praticada pelos ciganos entrar com tanta força em minha vida, que não pensei em escrever sobre isto na época, mas com certeza ele nasceu de lá. Para que você leitor me entenda, como diria Machado de Assis: não feche o livro! A casa tinha uma aura toda especial. Construída nos anos de ouro de antes da ditadura, era a casa perfeita para um cigano ou bruxo morar.
Casa alta, grande, com historias e energias de outros moradores, com suas dores e amores. As paredes falavam, tinha um grande quintal com duas mangueiras, um pe de Jamelão, e outras plantas. Uma piscina no chão, pequena, abastecida com água de poço (você dirá: ali na antiga Av. Suburbana?) sim poço cavado pelos militares na área deles, mas de água branca, que servia para beber, e abastecer meu pequeno lago evoriano, em pleno Rio de Janeiro. O muro era como as muralhas de Jericó, e escondia o mundo lá fora. Ali eu me encantei. Dormi ao relento em baixo de um céu estrelado nas noites quentes, ali eu plantei muitos feitiços, enterrados no porão da casa velha.
Ali a bruxaria entrou na minha vida. Um dia estava eu no balanço da piscina, e do portãozinho do fundo, veio sem abrir a madeira, minha primeira amiga, que eu vi, conversei com ela: era Potina! Ela morava na casa de ferramentas, perto do canil, onde eu criava o lobo (um huski siberiano, todo branco, de grandes olhos azuis), ela veio e falou. Solte o lobo! Este animal é para ficar solto!
Tudo bem! E que, era eu para descordar de Potina? Sem juízo, isso eu não era, mas não foi o que permeou a decisão de atende-la, mas sim o amor e tudo o que ela começou a me contar sobre as perseguições aos Ciganos e Bruxos e assim se estabeleceu uma linda amizade e agradeço a Potina pelos esclarecimentos, dados em conversa, tudo começado por causa do cão, que sem pensar prendi. Potina depois de esclarecer os motivos pela soltura do cachorro, prosseguiu:
-As perseguições aos ciganos e bruxos sempre foram mais fortes durante a época da Santa Inquisição, durante os Tribunais do Santo Oficio, Ciganas, Bruxas, Judeus, Magos, Ocultistas, Amantes libertos das leis do Catolicismo Apostólico Romana, e outras pessoas, que compunham uma classe de pessoas que acreditam no alem, pregado pela própria Igreja, quando antes da Inquisição vendia sortilégios para amor, saúde e negócios, acreditavam, mas eis que com o advento do Cristianismo e de sua imposição arbitraria, o sentimento religioso foi sufocado em sangue e aparentemente extinto pelo fogo (pelas tradicionais fogueiras). Mas isso seria ainda pouco para os Deuses e forças naturais, que escondidas permaneceram e conservaram a tradição, a arte como ainda hoje é chamada oferecia e oferece virtudes das ervas que agem trazendo efeitos mágicos na influencia psíquica, mental e espiritual, o que pode ser chamado de feitiço.
Colocar uma vassoura ao contrário atrás de uma porta, ainda em certos locais é uma Segundo essas teses defendidas em alguns manuais inquisitórios, a bruxa era um ser condenado, pois a alma humana da bruxa, ao conviver intimamente, desde a nascença), com o espírito demoníaco que habita no corpo dela, era uma alma impura, uma alma contaminada pelo espírito de feitiçaria, uma alma contagiada pelo espírito das trevas que habita no corpo da bruxa, uma alma condenada a não ingressar no céu e a permanecer eternamente aprisionada nesta terra. Dizia-se por isso que alma da bruxa nunca descansaria em paz apos a morte, vagueando neste mundo, procurando prazeres carnais, procurando instigar a atos de bruxaria, apadrinhando outros bruxos que se iniciavam nas artes da feitiçaria negra, atacando vitimas inocentes, etc. Por isso mesmo a bruxa era queimada, pois julgava-se que pelo fogo era possível expulsar o espírito demoníaco daquele corpo, ao mesmo tempo que enviando a alma condenada da bruxa aos infernos de forma a que ela não pudesse regressar a este mundo para atormentar os fieis.
Tais versões teologicas existente na idade media, defendiam por isso um certo tipo de praticas medievais de combate á bruxa, um certo tipo de forma de eliminação do espírito demoníaco da bruxa, da mesma forma que se defendia que um vampiro apenas poderia ser morto trespassando o seu coração com uma estaca e cortando a sua cabeça, ou que um lobisomem apenas poderia ser eliminado através do uso de prata e da sua degolação, ou que um demónio apenas poderia ser expulso deste mundo através do ritual de exorcismo e água benta, ou que o Diabo apenas respeitava o poder da cruz de cristo. Após longa explicação, continuou contando tambem passagens engraçadas sobre suas amigas ciganas que habitavam os arredores de Evora. Ela ria tomando vinho que ofereci com frutas e pao fresco.
-Na manha aos sabados elas empurravam os machos para as feiras, pedindo mariscos, bacalhau, vinho e broa fresca. Eles iam contrariados de mentira. Tudo era desculpa. Eles mentiam e elas “acreditavam, mas tudo era combinado entre as comadres e compadres, para que eles fossem e depois das compras passassem nas boticas de vinho, e ficavam atrás das mulheres damas. Enquanto isso elas faziam a luz do dia , ao ar lusitano, os maiores feitiços que pudessem e fossem de necessidade no momento, tanto suas, quanto de seus clientes. Formando lindos quadros, paisagens dignas de serem retratadas pelos magos da pintura.
Continuava Potina:
-Eram Ciganas sim, praticantes da arte da Bruxaria tambem, e eram tambem mulheres. Mulheres submissas que tiravam os sapatos dos maridos, depois deles bêbados, e os punham na cama, e tambem feiticeiras que punham a mão de seu amor em seu próprio coração, e faziam conjuros, que eles quando acordavam eram puro arrependimento. Ciganas sim, mas que tambem bebiam entre as mulheres, riam e falavam de sua vida intima.
Assim sempre que encontro com Potina, aprendo cada vez mais e assim pude tambem com minhas primas nas minhas inumeras viagens a Portugal, saber para poder lhes falar mais e assim contarei algumas coisas que aprendi da Bruxaria Portuguesa, principalmente no Norte de Portugal. Não venho falar de curiosidades folclóricas, ou de práticas mágicas arcaicas que não seriam senão sobrevivências retrógradas de um passado obscuro, e que apenas subsistiriam em locais recuados, alimentadas pela ignorância e credulidade de uns quantos espíritos inocentes. Venho falar de um conjunto de idéias, de práticas e de acontecimentos característicos que configuram o mundo do bruxo e do seu cliente em Portugal. Um mundo que não só está vivo e em constante transformação, como cultura popular que é, mas também um mundo assaz extenso e que toca bem mais pessoas do que o que seríamos levados a pensar pelo pouco que dele se fala. Ora, um outro mundo muitas vezes cruzado pelas trajetórias dos clientes dos bruxos a braços com os seus problemas específicos é precisamente o mundo médico, em especial os hospitais e seus bancos de urgências.
Muitos de entre vós, em particular aqueles que vierem a trabalhar em hospitais, ouvirão histórias, presenciarão inquietações e terão, por vezes, de intervir, enquanto técnicos da biomedicina mas também enquanto pessoas. A maior parte daqueles de entre vós que têm já anos de experiência profissional saberão do que falo.
Por isso, mesmo antes de nos ocuparmos da identidade do bruxo, podemos perguntar-nos como é que se chega até ele. E a resposta é: de boca a orelha. Se o potencial cliente não consultou ainda um bruxo, há sempre um familiar, vizinho, amigo ou conhecido que consultou um ou que sabe da existência de um. Por vezes, é mesmo este último que, estando a par do problema, anuncia ao potencial cliente que se trata de uma questão do foro do bruxo. Mas quem é o bruxo? Fazendo fé nos relatos dos bruxos e dos clientes, não se torna bruxo quem quer. Ao contrário, a concepção que impera diz-nos que se torna bruxo quem a isso é obrigado; embora em pequeno número, os relatos biográficos que pude recolher denotam um percurso padrão relativamente estável que vou tentar descrever de forma animada.
Mas não sem antes fazer uma observação válida para o resto desta exposição: a ordem de acontecimentos e interpretações que constituem o mundo do bruxo e do seu cliente inscreve-se no âmbito de uma racionalidade diferente da racionalidade médico-científica assim como daquela pela qual nos regemos na nossa vida de todos os dias. O meu objetivo aqui não é reduzir esses acontecimentos e interpretações a uma racionalidade que lhes seja estranha, mas sim, através deles, tornar acessível à compreensão aquela que lhes é própria.

Aprendendo a Utilizar as Enigmaticas Forças do Universo

Quando comecei a escrever, pensei instantaneamente nos meus leitores, pelo que poderiam pensar e pela gama de opções que me apresenta este trabalho. Já conhecida pela origem de minha família, sempre dei preferência aos assuntos místicos e religiosos, que me permeiam a vida desde que me sinto existir. Escrevi inúmeros livros, sobre Magia, sobre os Ciganos, Crônicas diversas e tendo muitas idéias fervilhando na mente. Até que pensei Auto-Ajuda Mística? Porque não? Foi assim que comecei a escrever sobre o que creio que possa fazer uma grande diferença em nossas vidas, a conjunção das forças astrais, mentais e físicas, dentro da forma de comunicação que uso comigo. No momento em que vivemos as situações, temos que aprender a observar, e antever as cenas se desenrolarem em nossa frente, torrentes de sentimentos precisam ser purificados assim como os nossos hábitos, para que possamos cuidar melhor de nós. Quase que desenvolvendo um pré-ensaio de tudo que fazemos, “vendo” antecipadamente, podemos corrigir erros e acertar na jornada.
Não estou impondo a minha verdade, nem sendo reveladora, creio apenas que Deus nos deu inteligência e raciocínio, e com alguns conhecimentos podemos melhorar nossa qualidade de vida.
Para que isto ocorra você não pode ter preguiça, porque este sentimento junto com o esquecimento é extremamente prejudicial ao que estamos nos propondo. Continue a busca dentro de você mesmo, é importante descobrir os segredos que você guarda, é importante saber usar esta força adormecida. É importante estar com o mental em movimento, é um começo para a ação. Concentre-se em se conhecer e não em acreditar em tudo que lhe dizem, ou em tudo que vê. Quando acreditamos sem questionar, sem querer conhecer, ficamos fanatizados, escravos e com um imenso talento desperdiçado. Acredito que cada um pode transformar sua vida, para isto viva intensamente cada minuto com prazer.
Os problemas fazem parte da vida, a melhor aceitação esta em como ver/viver este problema, o milagre de cada um esta nas mãos de cada um. Deus, Cristo, Maomé, Buda, Oxalá, Santa Sara Kali, Anjos ou Alá, não importa qual a sua fé, importante é saber que esta Força Astral e Divina que envolve o universo, quer nos ajudar, quando você pensa, o elo mental e etérico ficam em sintonia com o Divino, por isto que quando conseguimos a harmonização, nos sentimos tão bem.
Quando somos positivos este elo fica bem maior e interage com mais força em nossas vidas. Nós humanos temos liberdade para agir, só depende de nós. A comunicação astral e pessoal de cada um, só pode ser definida pela própria pessoa, porém em verdade vos digo: A comunicação não é apenas a verbalização. É muito mais, é o canal que vai lhes levar ao onde você quer ir ou não. Depende só de você. Sempre é possível, desenvolver esta capacidade, basta querer, acreditar, fazer e o restante, acontece sozinho.
Todos sabem que o mundo é feito de energia, que tudo contém energia, que todos os seres tem uma energia que é distinta em cada indivíduo.
Sabemos que a essência de cada pessoa é parte vital de sua personalidade, e que cada um tem o livre-arbítrio, do querer, querer o que é melhor para si, querer o que acha que lhe convém. No entanto existem pessoas que mesmo tendo consciência disto não fazem uso de suas possibilidades, por conformismo ou até por não saber lidar com sua energia natural, que ao longo da vida é moldada e por vezes deformada pelas situações sobre as quais não temos controle.
Esta energia interage com as forças do universo, com a alma do mundo, com a essência do mundo em que vivemos o que faz com que possamos modificar o que aprendemos que “seria assim”.
Em nossa cultura ocidental, a idade é fonte de problemas e limitações, que tal começar mudando esta idéia? E saber que temos que ter qualidade de vida, a cada dia, e não nos limitarmos por idade cronológica. Assim estaremos entrando em contato com a dita auto-ajuda mística, utilizando as forças naturais do universo para viver mais e melhor, deixando para trás crenças que não nos ajudam em nada, acreditar na força mística da energia sutil que o mundo possui para que possamos viver mais felizes.
A vontade é uma força indescritível, uma “matéria” na qual precisamos “trabalhar”, para que o “milagre” de termos consciência plena de nós ocorra.
Todos nós temos necessidade de nos realizarmos em algo, e mesmo assim quando ocorre, ficamos impulsionados, tão compromissados, tão estressados que esquecemos da parte mais importante: “nós mesmos”. Começa então um processo terrível, desgastante, nos deixando escravizados e precisando de ajuda para que possa se reafirmar como vitória, e ser valorizado sem que consuma toda a nossa energia criadora e de prazer pela vida. É isso que passo agora a vós: * “Cuidar de si, é cuidar da obra da criação, é zelar pelo universo”, você é a obra e o zelador, isso fará com que você saiba: * “que aquele que tem, mais lhe será dado, e aquele que não tem até o pouco que tem, lhe será tirado”. (* tantras indianos).
E assim por que acreditar que não necessitamos de auto ajuda? Porque achar que não precisamos? Desde os tempos imemoriais, nas lendas mais antigas, o homem, o ser humano nunca aparece só. Ele esta sempre interagindo com outrem. E o Universo não nos da vida para não aproveitar, e sim o contrário.
Não nascemos ladrões, exploradores, nem de caráter duvidoso. Também não nascemos inseguros, incapazes e nem burros. Ao dar os primeiros passos caímos algumas vezes, com o passar do tempo acostumamos a nos equilibrar e conseguimos andar, este exemplo devia ser aproveitado como a maior lição de todos os tempos em nossa vida. Por que se caímos tanto, precisamos de auxílio das mãos adultas para conseguir o equilíbrio e andar; porque nós, adultos não precisaríamos de ajuda para “andar”. Se nos acostumamos a cair até levantar de vez para andar, porque não podemos nos acostumar a “lutar” para vencer de vez, o nosso maior inimigo: Nós mesmos.
Porque não nos dar a grande chance de nos ajudar? Olhe bem dentro de você! Seus planos ou sonhos foram realizados? Você é quem você gostaria de ser? Sente-se incapaz? Deseja mudar? Você pode estar satisfeito com as realizações de sua vida, porém existem momentos em que a “mochila da vida” pesa, então nos sentimos cansados, desgastados, desmotivados e até a qualidade de nossa vida cai. No entanto podemos mudar o modo de ver os acontecimentos que nos envolve e encontrar nosso focus para começar uma longa estrada que nos levará ao encontro de nossas forças com as forças do universo. E assim a estrada da mudança, estará começando e ser visualizada por você.
A voz interior será ouvida, e assim o que foi condicionado será revisto, toda a sua vida através dos tempos e o modo que tem vivido. O comodismo e baixa auto-estima são fatores preponderantes, para que a insatisfação se instale, acompanhada da incapacidade, assim impedindo a realização de seus planos e sonhos. Por este motivo precisamos começar a mudar, idéias pré-estabelecidas (nem sempre por nós), aceitação passiva, e, sobretudo cuidar sempre de nós nos mínimos detalhes para começarmos a ter entendimento, discernimento e armas para viver melhor.
Nós somos o que determinamos ser, isto é fato. Tendo que conviver com as responsabilidades de nossas escolhas, por menor que sejam para o resto de nossas vidas. Nos dando a oportunidade de identificar este *focus dentro de nós, começaremos a trilhar uma estrada, agradável, intensa e que nos levará a viver mais e mais feliz. É por isso que precisamos de auto-ajuda. De algo que nos impulsione e ampare em nossos primeiros passos em direção a nossa maior conquista: O bem viver conosco! Entre virtudes e defeitos, descobriremos uma verdade que mudará tudo: Somos especiais e únicos. Mãos a obra!

*Focus – Ponto de partida.

Tsara Kalon

Esta questão da Magia deve ser levada muito a sério, lembrando que o aconselhamento, sendo feito pelo espírito cigano ou pelo cigano encarnado tem uma grande responsabilidade e peso na vida do consulente. A grande responsabilidade é: De orientar, acalmar, esclarecer e ajudar, além de sempre ter obrigação de fazer de seu trabalho astral um confessionário. Fazendo isto sempre, principalmente quando for assunto de Jogo.
Ao estar fazendo a magia, explique tudo para o consulente e faça com que este colabore com ela. Seja sempre solicito, amoroso e de o que você quer receber de bom coração, para que haja uma troca de energia entre você e o universo. Ao fazer uma magia, para você ou para outrem, haja o que houver acredite, Deus esta conosco nos guiando pelos melhores caminhos, e mesmo que o nosso livre-arbítrio nos leve a caminhos que nos faça sofrer, Dieula esta conosco, e tudo somente acontece com a permissão dele, nada por mais que seja do nosso querer, se não houver permissão nada acontece.
A mediunidade pode também se manifestar em qualquer idade, como também poderá deixar de acontecer. O poder mediúnico é considerado normal por alguns povos, como o Povo Cigano. E este poder astral por vezes se apresenta na mais tenra idade. Quando a aura magnética entra em comunhão com o nosso corpo etérico, começa o desenvolvimento de comunicação mediúnica. Seja qual for a forma de mediunidade, o médium expressará o que o espírito trás de mensagem. Sem avaliar o cunho do que lhe foi dado conhecer.
Por este motivo para se trabalhar nos trabalhos espirituais é preciso que se respeitem algumas regras: Nunca trabalhar no desenvolvimento do poder mediúnico/astral por dinheiro e jamais por vaidade, os que se descobrem médiuns que incorporem Espiritos Ciganos ou não, devem estudar todas as formas de mediunização, magia e ciência, escolha o caminho que mais se identifica com você, o que seu coração lhe indicar, se familiarizar com as forças astrais, conhecer os inúmeros tipos de trabalhos astrais /mediúnicos, saber que todos possuem esta faculdade e estão aptos a esta atividade em diferentes graus. (Porque não detemos nenhum tipo de poder especial, este poder pertence ao universo), a crença, a fé e o respeito são fatores preponderantes para quem deseja explorar o poder mediúnico, sem eles não há condições que propiciem a ação, concentração absoluta para estar em contato com as forças astrais, por treinamento se consegue; com o tempo é automático, estando em processo de desenvolvimento, comece a trabalhar com sua mediunidade.
Não tenha pressa, seja passivo e receptivo, se você trabalha com algum tipo de oráculo, tenha em mente que seu instrumento (oráculo) não tem nenhum poder mágico. Através de sua força astral em casamento com as forças do universo, é o que faz produzir o efeito da mediunidade, ainda no caso de oráculo, guarde-o com carinho para que outras energias não entrem nele, acenda uma vela prateada na lua crescente para o seu anjo de guarda, e peça a ele de todo coração que permita que seja aberto o seu canal para trabalhos mediúnicos, exercendo trabalhos em linhas específicas (no caso a linha Români), tenha muito amor para com as Entidades (todas) que lhe oferecem proteção, tenha respeito e amor a Deus acima de todas as coisas, e seja feliz com o despertar de seu poder mediúnico.
“Tenha sabedoria para compreender os que chegarem até você. Sinta esta energia Divina por meio do amor. Trilhe sempre o caminho do estudo sem cansaço ou presunção. Tenha no coração o caminho da fé amando o próximo como a ti mesmo”.
Muitos nascem com esta aptidão natural, outros descobrem que podem “despertar” estas forças através de treinamento específico, e na verdade ambos estão corretos. Treinamento e lapidação do que já existe, nasce de processos iniciáticos complexos e de longa duração. A força astral vibra de acordo com o que emitimos para ela, quando temos dificuldade de manter padrões de idéias, ou mesmo por causa de influências externas mudarmos o tempo todo, a força vibrará na mesma intensidade, ou seja codificará a sensação de estar perdido que você emite.
É possível mandar vários telegramas por um único fio, a mesma vibração acontece conosco, então por isso é que temos que codificar para que consigamos manter um padrão benéfico de energia astral que imediatamente virá interferir em nossa vida. Ainda que sejam, umas das coisas mais difíceis de serem percebidas, que são a existência destas forças. E, no entanto; sabemos que este campo áurico é tão real quando a nossa existência física. Muitas pessoas com o olhar mais treinado podem verificar até a cor de nossa aura, esta energia que acompanha o mesmo contorno de nosso corpo, é capaz de ser expandida ou contraída, de acordo com as nossas ações. O que interfere diretamente em nossa vida física e mental. Quando alimentamos nossa auto-estima, esta aura fica mais densa e brilhante, tendo capacidade de se assemelhar ao ambiente em que vive.
O planeta esta saturada de forças astrais de todos os tipos. Iremos procurar então bons ambientes, que faça com que nos sintamos realmente bem e em equilíbrio entre corpo, mente e astral. Quando somos convidados para irmos até lugares sabidamente saturados de energias negativas, e não estamos com vontade de ir, com muita delicadeza e educação daremos uma negativa bem incisiva. Se fizermos ao contrário e formos só para agradar, sabendo que aquele lugar nos fará sentir mal, isto é baixa estima, você estará agradando outra pessoa e não, ponderando o que é realmente o melhor para você. Esta força astral sofre variações como já foi dito e devido a somatização dos problemas nos três campos e devido ao enfraquecimento de nossas forças astrais podemos ficar mesmo doentes fisicamente. Os distúrbios emocionais, sentimentos de raiva, frustração, ódios, rancores, pessimismo, mental confuso trás enfraquecimento físico comprovado.
Que você vai conhecer e prevenir, porque a partir do momento que você conhece estas forças astrais negativas, não tem porque entrar em contato com elas. É natural que tenhamos medo em algumas situações, e em virtude disto nossa timidez aflore, portanto isto deve ser exceção e não regra.
Não podemos viver com medo, viver com timidez e perder as oportunidades que a vida nos dá. E nem deixar que por falta de coragem, mesmo percebendo as oportunidades, deixa-las escapar. Lembre-se que sempre que conseguimos transpor os obstáculos, a sensação de leveza e força, serão agradáveis e tem que ser perpetuadas ao lembrar-nos da nossa vitória.
Esta sensação de vitória de conseguir ultrapassar os obstáculos deve ser cultivada e guardada com muita atenção, como uma reserva de força que você tem. E ao surgir algo que lhe amedronte ou lhe deixe tímido, recorra a esta reserva estratégica, que além de lhe ser muito útil, lhe fará ver, que nada de pior poderá lhe acontecer, o pior que pode acontecer é você deixar de realizar alguma coisa que deseja por medo ou timidez, vamos lá, a chave do cofre esta em suas mãos, agora é só abrir e ser feliz!
O princípio que é o segredo de todas as curas, é a compreensão da natureza do erro. O erro nunca é uma pessoa, uma condição ou uma coisa. Portanto, nunca leve até o seu pensamento, e nem queira tratar em pensamento, uma pessoa, condição ou coisa. Na verdade, o erro sempre aparece como uma pessoa ou condição, e é isso que confunde os trabalhadores espirituais do mundo.
Com cada aparência de erro se instala no indivíduo uma rebelião, uma resistência ou uma batalha contra alguma pessoa, lugar, circunstância ou condição, e, assim, a luta está perdida. Ninguém na terra, nem grupo algum de pessoas é seu inimigo; nenhum pecado ou doença é seu opositor ou antagonista. Quanto mais você lutar contra uma pessoa, uma doença, um pecado ou uma condição, tanto mais você estará enredado naquilo que chamamos de "este mundo".
Pessoas, coisas ou condições nunca são a fonte de nossas discórdias. Sejamos muito claros neste importante ponto. Há uma força universal, uma crença universal e um hipnotismo universal, que é a fonte de todas as discórdias que se manifestam em nossas experiências. Toda limitação, todo pecado, toda tentação e toda doença que chegam até nós, são nada mais que o efeito de uma força ou poder universal, a qual, lembre-se que, por si só não tem poder; somente tem poder pela aceitação da mente humana a ela. Se o erro fosse poder, não poderíamos dissipá-lo. No entanto, ele não é poder, exceto para o sentido do mundo. A crença universal é o único poder que temos que considerar ao depararmos com o pecado, a doença, a morte, a carência ou a limitação, mas esta não é poder. A matéria prima de todas as discórdias de nossa experiência humana é um hipnotismo universal, uma crença universal. É a matéria prima ou substância de todo sentido de limitação que possa vir a sua experiência, seja limitação nas finanças, na saúde, na família, nos negócios, nas relações sociais ou qualquer outra aparência de discórdia.
A causa de toda desarmonia, portanto, é um hipnotismo universal, a crença universal num universo separado de Deus. Sempre que for chamado para ajudar na solução de um problema, verifique que quase sempre haverá uma pessoa envolvida nele, mas, já que Deus é o único princípio criativo, o filho de Deus não pode se envolver com problema algum; o problema será apenas a crença de uma existência sem Deus.

Segredos de Magia Cigana

Ao Falar de um assunto tão complexo, sei que muitos ao ler encontrarão um mundo novo e desconhecido que é o denso Universo Cigano. Em minha descendência kalom, quando encontro outros Clãs, além da alegria, nos descobrimos iguais na essência e na alegria de ser Cigano. Encontramos diferenças de Clã para Clã, de família para família, mas encontramos pontos fortes que nos faz este Povo Místico, Alegre, Íntegro, e, sobretudo Fiel às suas tradições. Este Povo sofrido, que sofre preconceitos ainda na atualidade, quer desmentir as mentiras sobre nós.
Por este motivo após anos embalando este projeto de um livro que esclarecesse e fizesse com que todos pudessem compartilhar o nosso mundo mágico, consegui em pleno começo da Era de Aquário dar forma aos meus pensamentos.
Um Povo que prima pela inteligência, ensina a força interior que temos dentro de nós, somos Luz, Inspiração, Energia e Amor. Aprendemos desde cedo, os dons mágicos, das palavras e do respeito. Para eu falar de meu Povo, é com intensa felicidade que tenho de compartilhar convosco, a nossa bonita essência. E jamais posso deixar de citar o velho cigano Torres, que começou “Tudo”. Meu avô apesar do pouco tempo em que esteve entre nós, deixou grandes legados para seu Povo. A certeza que iríamos algum dia estar mais abertos para esclarecer tantos enganos, ensinar o amor pela liberdade e o orgulho de ser Cigano. Este Cigano que ouviu as profecias de sua Bába, cruzou mares, foi proibido de falar Romanês, serviu ao Exército, fez muitas festas e magias. Foi grande moveleiro, e acabou por morrer de amor, e apesar das dificuldades da época (décadas de 20, 30, 40 e 50, 1913/1955), preconceitos e até prisões que teve que enfrentar; nunca esmoreceu ao ensinar e dar as melhores coisas para os seus. Ensinamentos de vida que são passados de geração a geração até os dias de hoje e nos que ainda virão no Clã dos Torres. Seja Bem Vindo a este Mágico Mundo do Povo Cigano.
O Povo Cigano desde o começo do mundo aos dias atuais é um grande mistério. Não é conhecida com precisão a verdadeira origem, o que temos em mãos é uma vastíssima cultura, muitos mistérios e controvérsias em demasia a respeito.
É sabido, no entanto que os grandes mestres da magia estão dentre este Povo. Magia: Um fenômeno místico universal. Magia: Ato de viver sem um idioma de grafia definida. Magia: Ato de transformar. Magia: Um ritual maravilhoso.
O universo Cigano é rico em Magias de todos os tipos. Principalmente a Grande Magia de viver. Sem apoio governamental de nenhum tipo, os ciganos existem pelo mundo, levando uma vida de trabalho intenso. Vida dura, enfrentando preconceitos, dificuldades de todo tipo e mesmo assim, arraigado como nenhum outro Povo às suas tradições, nunca se envergonham, muito pelo contrário, um cigano tem muito orgulho de sua origem e demonstrará sempre.
Irmãos do Sol e da Lua, utiliza as forças naturais para fazer suas Magias, se movendo pelo mundo ajudando ciganos e gadjós, compartilhando sua mesa sempre farta. Os filhos dos ventos e das estrelas apesar de tudo acreditam nesta era de aquário mais rica e espiritualizada, era de esperança de entendimento entre os homens.
Por este motivo; com ajuda de meus grandes amigos do clã deste mundo e do outro; pude trazer até vocês um pouco do Universo Cigano e Magias que levarão para a sua vida, o despertar de mundo mágico desconhecido. Entrando em contato com as nossas principais artes, aprenderá a alegria exuberante da vida e a seriedade das tradições. Bar Lachi!

Mestres Ciganos Astrais

Ao falar destes Espíritos Amigos, é preciso que primeiramente se diga da estrutura básica do mundo astral. Quando desencarnamos, temos do outro lado um vasto mundo igual ao nosso em toda a sua totalidade. Dependendo do nosso grau de evolução, teremos um período de aprendizado mais ou menos intenso ou doloroso. Continuamos a ter nossas principais características de personalidade e através de sucessivas reencarnações determinadas pelo Pai Eterno, evoluiremos.
Devido ao passar dos tempos, o nosso aprendizado tem cada vez maior aproveitamento. Isto é fator determinante independendo de credo, ou região do globo terrestre. Existem hoje inúmeras Colônias Espirituais, nos mais diferentes graus de aprendizado, em locais também diferentes, como no espaço astral mais adiantado, como nas camadas mais sublimadas, como na crosta terrestre e até nas profundezas da terra.
Explicar este processo se faz preciso, por que falando sobre os Espíritos Ciganos, é preciso que se diga que a base espiritual destes espíritos, é a soma do aprendizado das encarnações que já tiveram, e também que são de uma Colônia Espiritual distinta. Os Espíritos Ciganos são como todos os outros espíritos e também dispõe da liberdade do livre arbítrio. Hoje existe uma discussão muito grande sobre o trabalho destes amigos astrais em linhas não apropriadas para Ciganos, como Umbanda e Candomblé, torno a dizer que o livre arbítrio é dádiva de Deus, e assim sendo podem estes espíritos, entrarem em qualquer linha espiritual que lhe convenha. Os ditos Exu Wladimir, Exu Cigano, Pombagira Cigana, Ciganinha da Estrada, e muitos outros, são espíritos que por vezes assim se apresentam para a melhor identificação de seus médiuns e clientes, trabalhando com o mesmo padrão apresentado e conhecido. A denominação destes espíritos para os próprios pouco importa, se é para fazer o trabalho para o qual se tem permissão de Deus, não irá fazer diferença.
O espírito quase sempre prefere se aproximar de quem tem sintonia astral ou afinidade espiritual, uma vez que estamos também em fase de evolução. Vejo e ouço dizer muitas vezes, que os médiuns em geral nas sessões do Povo de Rua, quando estão na vibração das Pombagiras ou Exus Ciganos, se balançam demais para incorporar, e que nos casos de Espíritos Ciganos de linha pura, a incorporação se dá na mesma proporção que se sente um vento, uma brisa, caracterizando-se muito diferentes.
Isto se dá porque os primeiros estão em fase de evolução e purificação, logo num mesmo ciclo espiritual vívido pelo médium, o espírito conforme o esclarecimento que o médium for tendo, poderá mudar e se apresentar de maneira diferente. Isto vem confirmar o fato da existência destes espíritos, fatos que são negados por muitos que não tem este esclarecimento. Os Espíritos Ciganos de outras linhas são espíritos tão ciganos quanto os de linha mais pura, somente ainda não tiveram oportunidade de integrar seu protegido para que os trabalhos sejam feitos numa linha Rômani.
O esclarecimento dado, antes de falar dos amigos espirituais formadores dos Clãs, se dá porque estes amigos que formam os círculos são tão importantes pontos de apoio quanto em qualquer outro ponto, e por vezes alguns deles tem que se apresentar de maneira diferente do que lhes é habitual unicamente com o fito de ajudar, ciganos encarnados ou não ciganos.
Cada Mestre Espiritual tem a sua “Equipe” composta de três sub chefes, e muitos ajudantes numa hierarquia rígida e complexa. Muitos ajudantes que trabalham para alcançar um patamar mais sublimado, são batizados algumas vezes com os nomes dos Mestres, nomes derivados dos nomes, nomes dos Sub Chefes e nomes do Clã de quando viveram encarnados.
Sabemos nós, os nomes dos Mestres mais conhecidos e também o nome dos sub chefes de cada um, assim como a sua correlação astrológica. Sendo que os Clãs mais extensos são o de Wladimir e Manolo.
Os signos estão em ordem, da astrologia cigana, astrologia de caldeus, e astrologia dos mestres.
O Grupo regido pela Cigana Sulamita, tem a sua correspondência Astrológica com o signo de Punhal/Áries/Daga, e seus Sub Chefes são: O Cigano Marlos, e as Ciganas Celina e Guadalupe.
O Grupo regido pela Cigana Carmem, tem a sua correspondência Astrológica com o signo de Corôa/Touro/Galardóm, e seus Sub Chefes são: Os Ciganos Carlos e Mirro e a Cigana Conchita.
O Grupo regido pela Cigana Madalena, tem a sua correspondência Astrológica com o signo de Candeias/Gêmeos/Canilha, e seus Sub Chefes são: As Ciganas Melani e Katrina e o Cigano Ramur.
O Grupo regido pela Cigana Esmeralda, tem a sua correspondência Astrológica com o signos de Roda/Câncer/Ambages, e seus Sub Chefes são: Os Ciganos Tizibor e Zeno e a Cigana Paloma.
O Grupo regido pelo Cigano Juan, tem a sua correspondência Astrológica com o signo de Leão/Estrela/Ertredjá, e seus Sub Chefes são: As Ciganas Nazira e Tamirez e o Cigano Raphael.
O Grupo regido pelo Cigano Artêmio, tem a sua correspondência Astrológica com o signo de Sino/Virgem/Campanjá e seus Sub Chefes são: Os Ciganos Hiago e Boris e a Cigana Ilarim.
O Grupo regido pelo Cigano Wladimir, tem a sua correspondência Astrológica com o signo de Moeda/Libra/Caucha e seus Sub Chefes são: As Ciganas Ísis e Carmencita e o Cigano Gonzalez.
O Grupo regido pelo Cigano Manolo, tem a sua correspondência Astrológica com o signo de Adaga/ Escorpião/Sablé e seus Sub Chefes são: Os Ciganos Pedrowic e Justus e a Cigana Salomé.
O Grupo regido pelo Cigano Sandro, tem a sua correspondência Astrológica com o signo de Machado/Sagitário/ Puzebla e seus Sub Chefes são: As Ciganas Leoni e Zaíra e o Cigano Rámon.
O Grupo regido pela Cigana Natasha, tem a sua correspondência Astrológica com o signo de Ferradura/Capricórnio/Aparejo e seus Sub Chefes são: Os Ciganos Thiago e Júlio e a Cigana Sâmara.
O Grupo regido pela Cigana Yasmim, tem a sua correspondência Astrológica com o signo de Taça/Aquário/Tatjo e seus Sub Chefes são: As Ciganas Ariana e Íris e o Cigano Pablo.
O Grupo regido pelo Cigano Ramiro, tem a sua correspondência Astrológica com o signo de Capelas/Peixes/Templos e seus Sub Chefes são: Os Ciganos Diego e Rodrigues e a Cigana Elizabeth.
Estes grandes amigos são bastante conhecidos e vibram geralmente pelo domínio do Mestre do Clã que pertence, no entanto cada um deles tem as suas próprias especialidades mágicas, e características próprias advindas de sua vida terrena. Temos também outros amigos, sendo impossível citar todos.
Os Ciganos encarnados, os que ainda estão nesta nossa dimensão, costumam fazer o que também chamamos de Roda Cigana, ou mais conhecido como “Avém Vourdakie Rromá” que reúne ao mesmo tempo elementos de ritual e festa, a tradução exata é “Tradicional Roda Cigana”, esse encontro de ciganos é feito para que se faça celebração de algo e obedecem a etapas precisas como se fossem um encontro espiritual, isto porque a espiritualidade esta sempre presente em nossas vidas. Por isso A Roda Cigana Espiritual é diferente de outros encontros espirituais, diferente de uma “gira” por exemplo, apesar da semelhança em ter etapas que precisam ser respeitadas.
A “Avém Vourdakie Rromá” Espiritual ou Ânima, tem entre seus preceitos, uma seqüência, todos são de supra importância e por isso todos detalhes devem ser cuidadosamente preparados para que nossos protetores astrais possam estar conosco através da corporificação, com a sua alegria mais pura.

Baralho dos Mestres Ciganos Astrais

Para falar de Oráculos utilizados pelos Mestres Ciganos Espirituais, penso na difícil tarefa que tenho em mãos, afinal tanto se diz sobre esta Raça, existindo dados que não podem ser conferidos como de autenticidade comprovada. Apesar de estar falando de minha própria Raça, as versões aprendidas nas diversas famílias Ciganas que se tem notícia pelo mundo, são diferentes em alguns pontos, coincidindo apenas nos aspectos cruciais da Raça. O Universo Cigano é complexo e misterioso, e falar em Povo Cigano e seus Oráculos, ou Métodos Oraculares, é estar falando de um Povo que por excelência tem o dom da predição.
Muitos Ciganos, através dos tempos tem trabalhado e revelado, muitas coisas ao mundo, infelizmente, mesmo com a popularização dos vários tipos de Oráculos para predição que temos, algumas vezes ainda são mal interpretados na hora de falar sobre o que o cliente esta passando. Muitas Rromás e Gadjís (as não ciganas (os) de sangue, mas que são ciganas (os) de alma) extremamente sérias passam por esta situação.
Muitas pessoas dizem não ser possível o aprendizado destes oráculos, visando que assim fique restrito a poucas mãos, eu pergunto por que não?
Muitos Oraculadores intuitivos, quando aprendem uma técnica para poder aperfeiçoar o seu trabalho astral, sentem-se muito mais seguros para ajudar a clientela ou a si próprio. Nas minhas andanças pela vida afora, pelo meu berço, pelos amigos que fiz pelo mundo, foi colhendo inúmeras formas de se oracular, e de se formar predições, que mostro a vocês neste trabalho. Sempre acreditando que quando colocamos respeito, alma, amor e responsabilidade, temos o nosso canal etérico aberto pelas diversas correntes espirituais que nos auxiliam no trabalho de predição. Não importando se você é cigano ou não, o que realmente importa é acreditar que os oráculos não mentem, é acreditar que podemos através dos oráculos conhecer muitas situações que podem ser festejadas ou evitadas, é acreditar que oraculando com amor, os Ciganos astrais estarão sempre por perto para nos auxiliar em nossa difícil jornada.
Nos oráculos tradicionais utilizados pelos ciganos, é inevitável que se comece utilizando a natureza que é a essência do jogo, pelos cinco elementos: a água, a terra, o fogo, o ar e o éter. Estes são pontos focus na magia dos ciganos, e pontos também cruciais para começarmos o aprendizado de qualquer tipo de oráculo. O dom natural pode e deve ser lapidado, usando como base o grande poder de observação que tem os zíngaros. Os Ciganos desde as épocas mais remotas utilizam a predição de várias formas, sendo as cartas, a mais tradicional, apesar de existir uma técnica, é a conjunção da força astral que garante o êxito, e as ciganas são profundamente conhecedoras das mazelas humanas, isto faz com que digam e façam jus ao velho ditado “As Cartas Não Mentem Jamais”. Mesmo as ciganas mais abastadas exercem seu ofício de cartomante ou de consultora de oráculos. As Cartas revelam o caminho, mais não obriga ninguém a segui-lo, porque Deus nos deu o livre arbítrio. Quando revelamos parte do caminho a alguém, sabemos da responsabilidade que nos é imputada, conceitos serão dados, mensagens serão transmitidas, clientes erguerão seus castelos. Por isso as ciganas jogam, por ajudar, pela fé, e pelo ato de amor devocional.
É possível que se aprenda a extrair a força interior que existe dentro de cada um de nós, quando buscamos o oráculo, qualquer um deles; com luz, inspiração, energia e amor, fazemos com que a essência comece a brotar em forma de intuição. E mesmo enfrentando várias controvérsias a respeito, escrevo na esperança de que o saber “oracular” seja muito útil, estando ao alcance da mão de quem procura.
Os ensinamentos do Universo Cigano se concentram no seu maior bem, que e a mediunidade. A mediunidade pode também se manifestar em qualquer idade, como também poderá deixar de acontecer. O poder mediúnico é considerado normal por alguns povos, como o Povo Cigano. E este poder astral por vezes se apresenta na mais tenra idade. Os Espíritos Ciganos são entidades que já passaram por uma série indescritível de dificuldades, que quando chamadas ao trabalho, chegam com muita disposição, fazem tudo que estiver ao seu alcance para ajudar. Inclusive revelando oráculos que podem servir de instrumento valioso, para enfrentarmos as intempéries da vida material e espiritual.

Tsara Muló

Sou Cigana. Sim e daí. Sempre desde a minha infancia, soube que era diferente. Magrona, peituda, falante, médium, dislexa, muito esquisitona, sempre vendo e falando com o mundo invisivel, doente, triste, enfim pela minha infancia, nem eu sabia que caminharia ate tao longe.
Vou lhes contar com a simplicidade de um peregrino, o que se passou comigo, desde que vim ao mundo. Creio que do alto dos meus 42 anos e guiada pelos amigos astrais, farei uma narrativa, que terá com certeza pontos que coincidirá com a sua história.
Vim ao mundo. Uma meninona, de 4,900 kl, saudável, com o sinal do astral no corpo físico (um sinal avermelhado, na altura do queixo) que tanto incomodou os médicos, mas que graças a força e teimosia de minha mãe, ela nunca deixou tirar (a minha fortuna).
Desde criança de colo, fui uma pessoa estranha, soube quando minha avó paterna desencarnou, pois chorei sem motivo, brincava só, falava com o ar, e tinha muitos problemas de saúde. Não físicos, mais principalmente “mentais”. Ao crescer, via vultos, pessoas, brincava, batia papo, e amava lidar com as coisas espirituais, limpar altares, lavar santinhos, era um prazer muito grande. Amava as festas na Tsara de vovô, tomar bença, e causava muitos tumultos na hora de dormir. Esta hora era fatal, mulheres de fogo, lacraias, meninos, casa rodando, desdobramento astral, volitação, acampamentos, casas grandes, intuição, tudo isto embora eu não soubesse o que era, eram sensações do dia a dia. Interferia muito no meu rendimento escolar, em virtude disto, e desconhecimento do que fazer com estes fatos, minha mãe deixava o tempo passar, e assim fui uma aluna medíocre. Chorava muito, tinha raivas sem sentido, enfim até os meus 13 anos, creio que todos pensassem que eu era um pouco “maluquinha” e que na ia dar para fazer muito comigo, assim meus pais pensaram em me casar logo. Na adolescência piorou, passei a não falar tudo que sentia para minha mãe, tinha medo de ir ao médico.
Ia com minha mãe ao Centro e um dia até tentando me levar para conhecer um pouco mais do espiritualismo, mamãe me levou a uma sessão de mesa branca no dia de finados, onde minha falecida avó materna se manifestou e minha mãe passou a chorar desesperadamente e não levantou para falar com ela. Fiquei muito impressionada e descobri pensando, “então não existe fim”. Aquilo foi uma verdade, que modificou tudo para todo o sempre. Sempre gostei muito de oráculos que passei a fazer escondido e para minhas amigas da escola, tamanha a precisão das predições, que suas mães me procuravam e assim que minha mãe ficou sabendo e acabou proibindo, e disse que havia queimado o baralho (que me devolveu anos depois).
Aos 14 anos, minha vida começou a se modificar em função disto. Sempre travada em tudo que me dissesse respeito profundamente, comecei a notar os rapazes, e minha tortura começou. Ouvia todos os pensamentos deles refletidos dentro de minha cabeça, como se fossem meus, antes que eles começassem a falar. Em virtude disto namorei pouco, tinha um pouco de medo das pessoas. E me apeguei a uma turma que nunca falava disto. Nesta época, quando deitava, ouvia os pensamentos de meus irmãos, de meus pais, e volitava quase que acordada, era involuntário, e passei a ficar mais estranha ainda. No carnaval, via muita gente como se fossem gente de carne e osso, e custei a descobrir que eram espíritos.
Desconfiava das pessoas, e tinha atitudes que realmente ninguém entendia. Aos 15 para 16, já havia “aprendido” que se nada eu falasse, seria melhor, e as vezes ficava na minha, aprendi a conviver com todo este turbilhão, já que não tinha jeito. Bem isto era o que eu pensava. Nesta época fiz amizade com uma entidade, cigana, cigana como eu, pensei, porque estava à procura de emprego, logo consegui e fui lhe presentear como forma de agradecimento. Logo este espírito me disse: Eu sei de tudo que você passou, mas agora a sua vida vai mudar! Pensei e respondi que era por causa do emprego, mas ela me alertou: Menina, ainda nem começou! Na hora entendi que ela dizia da espiritualidade que me foi dada como missão. E ainda frisou: Ai de ti, se falhares, deixe de lado a inveja, a cobiça, a vaidade, isto tudo é o que desvirtua o homem do caminho. Fiquei assustada e na verdade, não havia entendido de fato. Neste dia ventava, e ela me disse: Vai ser assim, você vai muito mais alto do que imagina.
Minha mãe logo ao chegar em casa, começou a esmiuçar o que eu sentia, falei umas coisas, calei outras e fui deixando acontecer. E assim ia eu, trabalhando, estudando, vivendo, ouvindo coisas, conversando sozinha no banheiro, nada de novo para os meus, continuava estranha como sempre.
Nesta época foi a época em que vieram as vozes. De criança, de velho, de gente adulta, vozes guturais, perturbação total. Embora conseguisse, dar meio conta de tudo. Nesta época me abri mais e comecei a conversar com todo mundo. Tive junto com as vozes a primeira incorporação. Um espírito de criança, embora fosse algo novo, não me assustei. Minha mãe tratou logo de me levar a um centro espírita de umbanda para me tratar. Fiquei lá um pouco, mas meu espírito não aceitava e sai. Logo fui convidada para integrar outro corpo espiritual (outro centro), a principio gostei de lá, da rudeza, do puro, mas logo o chefe ficou doente e acabou com o centro.
A trabalheira foi muita, minha vida pessoal de amor, trabalho e estudos não foi normal como de outras pessoas. Bem nesta época comecei a minha caminhada, a minha busca, e assim parei num centro espírita no qual me senti bem e fiquei anos, até começar a desvirtuar, então saí. Meus amigos astrais, na época me disse : Filha, tu não precisas de nada disto, deixe-nos guiar tua vida sem preocupação e assim a missão poderá ser realizada. E assim realizo. Escrevendo, e os topicos deste livro são:

O Mundo Espiritual na Vida dos Ciganos
Exercicio da Mediunidade
Tipos de Mediunidade
Mediunidade dentro da Barraca

Os Ciganos
Encarnados, seus Costumes.
Desencarnados, O Clã mais importante
Suas Variantes
Ritos dos Elementais (Acaens, Dirachim, Kabulin e Urai)

Chegada dos Espiritos na Aura de Gadjês
Porque eu amo tanto este Povo?
Seus auxiliares de jornada
Povo Eclético
Suas Prioridades

Preparação do Médium Gadjó
Organização do Culto/ Abertura de Tsara
Hierarquia
Estrutura
Responsabilidades
Potes indispensaveis

Perfumes e essencias
Material para Trabalho Astral
Adendos para Intuição, Abertura de Caminhos, Meditação, Bem Estar, Proteção das Energias Nefastas e Calmantes Espirituais.
Banhos de Ervas e Cristais
Incensos

Elementos Fisicos
Adereços

Sinais e Usos de Objetos Magicos
Indumentarias classicas
Sociedades Secretas

Doutrina Musical
Artes dos Instrumentos Musicais
Seguranças dos médiuns
Segurança dos Consulentes

Ritos Espirituais
Oraculos Diversos
Tradicional Baralho Cigano

Batismo dos Médiuns
Batismo dos Elementos Etéricos

Preparação para o trabalho Espiritual
Elementos de precisão
Exercicio da Paciencia

Magias
Passes
Galétzo Muló

Avém Vurdakie Rrhomá
Abertura do Encontro
Chegada dos Ciganos
Desenvolvimento dos Mediuns
Fechamento da Vourdakie

Ritos Religiosos
(Lhaer/Liekisi, Abieu e Pomana)

Trabalho Astral
Efeitos fisicos da presença dos Espiritos Ciganos
Trabalhando com os Ciganos Astrais

Preparação dos Dirigentes
Preparação dos trabalhadores
Preparação dos Ciganos Rati (responsaveis diretos)
Palavra dos ciganos encarnados e desecarnados
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