terça-feira, 27 de setembro de 2011

Especiarias e o Encanto Magico

“O Encanto das Sementes, dos Pós Sagrados e Ritualísticos, retirados em Harmonia, e Comunhão com a Natureza, os Ciganos, fazem Magia, Remédio, Cura e Feitiço, com o Aval dos Elementos, que nos fazem Viver Bem e ainda Temperam nossa Vida, com seus Segredos, que só um Raty, sabe desvendar e Utilizar”.
Origem das Especiarias
O termo especiaria, a partir dos séculos XIV e XV na Europa, designou diversos produtos de origem vegetal (flor, fruto, semente, casca, caule, raiz), de aroma e/ou sabor acentuados. Isso se deve à presença de óleos essenciais. O seu uso as distingue das ervas aromáticas, em que usam principalmente as folhas. Além de utilizadas na culinária, com fins de tempero e de conservação de alimentos, as especiarias eram utilizadas ainda na preparação de óleos, ungüentos, cosméticos, incensos e medicamentos.

História
 Embora cada região do planeta possua as próprias especiarias, na Europa, a partir das Cruzadas, desenvolveu-se o consumo das variedades oriundas das regiões tropicais, oferecidas pelo mundo islâmico. Para atender a essa demanda, ampliou-se o comércio entre o Ocidente e o Oriente, através de várias rotas – terrestres e marítimas – que uniam não apenas a Europa internamente (pontilhando-a de feiras), mas esta e a China (rota da Seda) e as Índias (rota das especiarias). A dinâmica dessas rotas (e do abastecimento) variou ao sabor das guerras e conflitos ao longo dos séculos. A partir da criação do Império Mongol, entre os séculos XIII e XIV, com a instauração da pax mongolica, o comércio entre a Europa e o Oriente conheceu um período de prosperidade. Quando os turcos conquistaram Constantinopla (29 de Maio de 1453), os mercadores cristãos assistiram impotentes ao bloqueio de suas principais rotas comerciais.
Na tentativa de uma solução para contornar o problema, Portugal, seguido pela Espanha, organizaram expedições para a exploração de rotas alternativas (um caminho marítimo) para o Oriente. O projeto português previa um ciclo oriental, contornando a África (o périplo africano), enquanto que o projeto espanhol apostou no ciclo ocidental, que supostamente culminou no descobrimento da América. (há inúmeras controvérsias sobre a casualidade desse fato, já que muitos indícios denunciam o conhecimento prévio da existência do continente americano na Europa). Com o estabelecimento de colônias no continente americano, as nações européias introduziram nelas o plantio das especiarias asiáticas, barateando os custos e tornando-as mais acessíveis para o mercado. Essa divulgação teve como conseqüência levar as próprias colônias a adotar essas especiarias, em detrimento a espécies nativas que apresentavam efeitos similares. 
O uso Mágico no Mundo
A Mãe Natureza proporciona ao homem uma infinidade de plantas com valores medicinais. A flora brasileira constitui uma fonte inesgotável de saúde e nossos ancestrais sempre souberam se aproveitar desta riqueza, pois o uso das plantas medicinais existe desde o início dos tempos. As ervas medicinais vêm sendo cada vez mais adotadas por especialistas da área de saúde. A fitoterapia, ou seja, uso de medicamentos naturais, é uma prática comum que pode auxiliar os tratamentos convencionais e evitar os efeitos colaterais dos medicamentos mais fortes.
Muito antes de surgir a escrita os ciganos já utilizava ervas para fins alimentares e medicinais. Na procura das ervas mais apropriada para a alimentação ou para a cura de seus males sentiu as alegrias do sucesso e as tristezas do fracasso. Em suas experiências com elas descobriu as qualidades de cada uma: alimento, medicamento, veneno, alucinógeno e outras. Até hoje ciganos de sociedades não letradas usam determinadas plantas para provocar alucinações ou para curar o paciente. Os documentos médicos mais antigos que se referem às propriedades medicinais das plantas é um tratado médico datado de 3.700 AC, da China, escrito por Shen Wung um imperador sábio que fazia experiências com as plantas. Nele era dito que para cada enfermidade havia uma planta que seria um remédio natural. Conforme a lenda, ele podia observar os efeitos de seus preparados no organismo por ter o abdômen transparente.  Na faixa do tempo, seguem-se os egípcios, que deixaram papiros preciosos. Um dos mais famosos é de 1.500 AC, tendo sido descoberto por George Ebers, conhecido egiptólogo alemão.
Nele podemos ver que os egípcios utilizavam ervas aromáticas na medicina, cosmética, culinária e ,sobretudo, em sua técnica, nunca superada, de embalsamento. Eram de uso comum plantar as ainda hoje conhecidas e usadas: tomilho, anis, coentro, cominho, papoula, alho, cebola e outros. Na Mesopotâmia os sumérios, considerados os primeiros agricultores da humanidade, possuíam receitas tão preciosas, que somente os sábios sacerdotes e feiticeiros as conheciam. Guardavam-nas na memória e somente as transmitiam a seus substitutos na velhice. Nos escritos sumérios há referências à erva-doce, beldroega e alcaçuz.  Relatos de historiadores da Antigüidade, ao descreverem os Jardins Suspensos da Babilônia, construídos por Nabucodonosor, fazem referência ao fato de que, entre flores e árvores, eram plantados o alecrim e o açafrão.

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