Bem pra começo de conversa, sei que pode parecer estranho, uma cigana falando de Bruxaria. Mas como diriam os meus ancestrais: Ora Pois! Porque não? Minha ancestralidade, minha família tem raiz evoriana, isso mesmo na antiga Portugal, onde a Moura Torta fez historia. Nasci convivendo com muita naturalidade, mesmo com muita intimidade com a magia. Magia de varias linhas. Cigana é claro, a principal, mais umbandista, com as feitiçarias, com o ocultismo e sim, também com a bruxaria. Os bruxos que viveram na Évora antiga, ainda vivem e nos brindam com a sua arte mágica. Os descendentes que aprenderam com a Bruxa de Évora, nos primórdios, aprenderam e ensinaram muitos feitiços aos ciganos que eram quase que totalidade da população, uma convivência pacifica e benéfica para ambos. Ao escrever, e falar da bruxaria cigana, não posso me furtar a falar de minha vivencia pessoal com a bruxaria.
Sendo cigana, vivi sempre com os espíritos, com as mandingas elaboradas por minha mãe, tias, primas e avos. Aprendi aos 7 anos a ler a sorte das pessoas no baralho cigano e minorarcana.
Fazia feitiços, atendia pessoas, fazia magias, mas efetivamente a bruxaria entrou na minha vida mais tarde. Não somente por ser cigana da sangue, mas minha vida sempre foi muito “morando cá e acolá”, casei cedo, morei fora do país, e em vários estados brasileiros, uma gama de lugares que me faz ate lembrar a musica “...... já morei em tantas casas, que nem me lembro mais.....” poderia ter sido feita para mim. E no Rio de Janeiro, aos 30 anos, morei numa em especial, no bairro de Benfica, ali na antiga av. suburbana, ali naquela casa, senti a bruxaria praticada pelos ciganos entrar com tanta força em minha vida, que não pensei em escrever sobre isto na época, mas com certeza ele nasceu de lá. Para que você leitor me entenda, como diria Machado de Assis: não feche o livro! A casa tinha uma aura toda especial. Construída nos anos de ouro de antes da ditadura, era a casa perfeita para um cigano ou bruxo morar.
Casa alta, grande, com historias e energias de outros moradores, com suas dores e amores. As paredes falavam, tinha um grande quintal com duas mangueiras, um pe de Jamelão, e outras plantas. Uma piscina no chão, pequena, abastecida com água de poço (você dirá: ali na antiga Av. Suburbana?) sim poço cavado pelos militares na área deles, mas de água branca, que servia para beber, e abastecer meu pequeno lago evoriano, em pleno Rio de Janeiro. O muro era como as muralhas de Jericó, e escondia o mundo lá fora. Ali eu me encantei. Dormi ao relento em baixo de um céu estrelado nas noites quentes, ali eu plantei muitos feitiços, enterrados no porão da casa velha.
Ali a bruxaria entrou na minha vida. Um dia estava eu no balanço da piscina, e do portãozinho do fundo, veio sem abrir a madeira, minha primeira amiga, que eu vi, conversei com ela: era Potina! Ela morava na casa de ferramentas, perto do canil, onde eu criava o lobo (um huski siberiano, todo branco, de grandes olhos azuis), ela veio e falou. Solte o lobo! Este animal é para ficar solto!
Tudo bem! E que, era eu para descordar de Potina? Sem juízo, isso eu não era, mas não foi o que permeou a decisão de atende-la, mas sim o amor e tudo o que ela começou a me contar sobre as perseguições aos Ciganos e Bruxos e assim se estabeleceu uma linda amizade e agradeço a Potina pelos esclarecimentos, dados em conversa, tudo começado por causa do cão, que sem pensar prendi. Potina depois de esclarecer os motivos pela soltura do cachorro, prosseguiu:
-As perseguições aos ciganos e bruxos sempre foram mais fortes durante a época da Santa Inquisição, durante os Tribunais do Santo Oficio, Ciganas, Bruxas, Judeus, Magos, Ocultistas, Amantes libertos das leis do Catolicismo Apostólico Romana, e outras pessoas, que compunham uma classe de pessoas que acreditam no alem, pregado pela própria Igreja, quando antes da Inquisição vendia sortilégios para amor, saúde e negócios, acreditavam, mas eis que com o advento do Cristianismo e de sua imposição arbitraria, o sentimento religioso foi sufocado em sangue e aparentemente extinto pelo fogo (pelas tradicionais fogueiras). Mas isso seria ainda pouco para os Deuses e forças naturais, que escondidas permaneceram e conservaram a tradição, a arte como ainda hoje é chamada oferecia e oferece virtudes das ervas que agem trazendo efeitos mágicos na influencia psíquica, mental e espiritual, o que pode ser chamado de feitiço.
Colocar uma vassoura ao contrário atrás de uma porta, ainda em certos locais é uma Segundo essas teses defendidas em alguns manuais inquisitórios, a bruxa era um ser condenado, pois a alma humana da bruxa, ao conviver intimamente, desde a nascença), com o espírito demoníaco que habita no corpo dela, era uma alma impura, uma alma contaminada pelo espírito de feitiçaria, uma alma contagiada pelo espírito das trevas que habita no corpo da bruxa, uma alma condenada a não ingressar no céu e a permanecer eternamente aprisionada nesta terra. Dizia-se por isso que alma da bruxa nunca descansaria em paz apos a morte, vagueando neste mundo, procurando prazeres carnais, procurando instigar a atos de bruxaria, apadrinhando outros bruxos que se iniciavam nas artes da feitiçaria negra, atacando vitimas inocentes, etc. Por isso mesmo a bruxa era queimada, pois julgava-se que pelo fogo era possível expulsar o espírito demoníaco daquele corpo, ao mesmo tempo que enviando a alma condenada da bruxa aos infernos de forma a que ela não pudesse regressar a este mundo para atormentar os fieis.
Tais versões teologicas existente na idade media, defendiam por isso um certo tipo de praticas medievais de combate á bruxa, um certo tipo de forma de eliminação do espírito demoníaco da bruxa, da mesma forma que se defendia que um vampiro apenas poderia ser morto trespassando o seu coração com uma estaca e cortando a sua cabeça, ou que um lobisomem apenas poderia ser eliminado através do uso de prata e da sua degolação, ou que um demónio apenas poderia ser expulso deste mundo através do ritual de exorcismo e água benta, ou que o Diabo apenas respeitava o poder da cruz de cristo. Após longa explicação, continuou contando tambem passagens engraçadas sobre suas amigas ciganas que habitavam os arredores de Evora. Ela ria tomando vinho que ofereci com frutas e pao fresco.
-Na manha aos sabados elas empurravam os machos para as feiras, pedindo mariscos, bacalhau, vinho e broa fresca. Eles iam contrariados de mentira. Tudo era desculpa. Eles mentiam e elas “acreditavam, mas tudo era combinado entre as comadres e compadres, para que eles fossem e depois das compras passassem nas boticas de vinho, e ficavam atrás das mulheres damas. Enquanto isso elas faziam a luz do dia , ao ar lusitano, os maiores feitiços que pudessem e fossem de necessidade no momento, tanto suas, quanto de seus clientes. Formando lindos quadros, paisagens dignas de serem retratadas pelos magos da pintura.
Continuava Potina:
-Eram Ciganas sim, praticantes da arte da Bruxaria tambem, e eram tambem mulheres. Mulheres submissas que tiravam os sapatos dos maridos, depois deles bêbados, e os punham na cama, e tambem feiticeiras que punham a mão de seu amor em seu próprio coração, e faziam conjuros, que eles quando acordavam eram puro arrependimento. Ciganas sim, mas que tambem bebiam entre as mulheres, riam e falavam de sua vida intima.
Assim sempre que encontro com Potina, aprendo cada vez mais e assim pude tambem com minhas primas nas minhas inumeras viagens a Portugal, saber para poder lhes falar mais e assim contarei algumas coisas que aprendi da Bruxaria Portuguesa, principalmente no Norte de Portugal. Não venho falar de curiosidades folclóricas, ou de práticas mágicas arcaicas que não seriam senão sobrevivências retrógradas de um passado obscuro, e que apenas subsistiriam em locais recuados, alimentadas pela ignorância e credulidade de uns quantos espíritos inocentes. Venho falar de um conjunto de idéias, de práticas e de acontecimentos característicos que configuram o mundo do bruxo e do seu cliente em Portugal. Um mundo que não só está vivo e em constante transformação, como cultura popular que é, mas também um mundo assaz extenso e que toca bem mais pessoas do que o que seríamos levados a pensar pelo pouco que dele se fala. Ora, um outro mundo muitas vezes cruzado pelas trajetórias dos clientes dos bruxos a braços com os seus problemas específicos é precisamente o mundo médico, em especial os hospitais e seus bancos de urgências.
Muitos de entre vós, em particular aqueles que vierem a trabalhar em hospitais, ouvirão histórias, presenciarão inquietações e terão, por vezes, de intervir, enquanto técnicos da biomedicina mas também enquanto pessoas. A maior parte daqueles de entre vós que têm já anos de experiência profissional saberão do que falo.
Por isso, mesmo antes de nos ocuparmos da identidade do bruxo, podemos perguntar-nos como é que se chega até ele. E a resposta é: de boca a orelha. Se o potencial cliente não consultou ainda um bruxo, há sempre um familiar, vizinho, amigo ou conhecido que consultou um ou que sabe da existência de um. Por vezes, é mesmo este último que, estando a par do problema, anuncia ao potencial cliente que se trata de uma questão do foro do bruxo. Mas quem é o bruxo? Fazendo fé nos relatos dos bruxos e dos clientes, não se torna bruxo quem quer. Ao contrário, a concepção que impera diz-nos que se torna bruxo quem a isso é obrigado; embora em pequeno número, os relatos biográficos que pude recolher denotam um percurso padrão relativamente estável que vou tentar descrever de forma animada.
Mas não sem antes fazer uma observação válida para o resto desta exposição: a ordem de acontecimentos e interpretações que constituem o mundo do bruxo e do seu cliente inscreve-se no âmbito de uma racionalidade diferente da racionalidade médico-científica assim como daquela pela qual nos regemos na nossa vida de todos os dias. O meu objetivo aqui não é reduzir esses acontecimentos e interpretações a uma racionalidade que lhes seja estranha, mas sim, através deles, tornar acessível à compreensão aquela que lhes é própria.
Sendo cigana, vivi sempre com os espíritos, com as mandingas elaboradas por minha mãe, tias, primas e avos. Aprendi aos 7 anos a ler a sorte das pessoas no baralho cigano e minorarcana.
Fazia feitiços, atendia pessoas, fazia magias, mas efetivamente a bruxaria entrou na minha vida mais tarde. Não somente por ser cigana da sangue, mas minha vida sempre foi muito “morando cá e acolá”, casei cedo, morei fora do país, e em vários estados brasileiros, uma gama de lugares que me faz ate lembrar a musica “...... já morei em tantas casas, que nem me lembro mais.....” poderia ter sido feita para mim. E no Rio de Janeiro, aos 30 anos, morei numa em especial, no bairro de Benfica, ali na antiga av. suburbana, ali naquela casa, senti a bruxaria praticada pelos ciganos entrar com tanta força em minha vida, que não pensei em escrever sobre isto na época, mas com certeza ele nasceu de lá. Para que você leitor me entenda, como diria Machado de Assis: não feche o livro! A casa tinha uma aura toda especial. Construída nos anos de ouro de antes da ditadura, era a casa perfeita para um cigano ou bruxo morar.
Casa alta, grande, com historias e energias de outros moradores, com suas dores e amores. As paredes falavam, tinha um grande quintal com duas mangueiras, um pe de Jamelão, e outras plantas. Uma piscina no chão, pequena, abastecida com água de poço (você dirá: ali na antiga Av. Suburbana?) sim poço cavado pelos militares na área deles, mas de água branca, que servia para beber, e abastecer meu pequeno lago evoriano, em pleno Rio de Janeiro. O muro era como as muralhas de Jericó, e escondia o mundo lá fora. Ali eu me encantei. Dormi ao relento em baixo de um céu estrelado nas noites quentes, ali eu plantei muitos feitiços, enterrados no porão da casa velha.
Ali a bruxaria entrou na minha vida. Um dia estava eu no balanço da piscina, e do portãozinho do fundo, veio sem abrir a madeira, minha primeira amiga, que eu vi, conversei com ela: era Potina! Ela morava na casa de ferramentas, perto do canil, onde eu criava o lobo (um huski siberiano, todo branco, de grandes olhos azuis), ela veio e falou. Solte o lobo! Este animal é para ficar solto!
Tudo bem! E que, era eu para descordar de Potina? Sem juízo, isso eu não era, mas não foi o que permeou a decisão de atende-la, mas sim o amor e tudo o que ela começou a me contar sobre as perseguições aos Ciganos e Bruxos e assim se estabeleceu uma linda amizade e agradeço a Potina pelos esclarecimentos, dados em conversa, tudo começado por causa do cão, que sem pensar prendi. Potina depois de esclarecer os motivos pela soltura do cachorro, prosseguiu:
-As perseguições aos ciganos e bruxos sempre foram mais fortes durante a época da Santa Inquisição, durante os Tribunais do Santo Oficio, Ciganas, Bruxas, Judeus, Magos, Ocultistas, Amantes libertos das leis do Catolicismo Apostólico Romana, e outras pessoas, que compunham uma classe de pessoas que acreditam no alem, pregado pela própria Igreja, quando antes da Inquisição vendia sortilégios para amor, saúde e negócios, acreditavam, mas eis que com o advento do Cristianismo e de sua imposição arbitraria, o sentimento religioso foi sufocado em sangue e aparentemente extinto pelo fogo (pelas tradicionais fogueiras). Mas isso seria ainda pouco para os Deuses e forças naturais, que escondidas permaneceram e conservaram a tradição, a arte como ainda hoje é chamada oferecia e oferece virtudes das ervas que agem trazendo efeitos mágicos na influencia psíquica, mental e espiritual, o que pode ser chamado de feitiço.
Colocar uma vassoura ao contrário atrás de uma porta, ainda em certos locais é uma Segundo essas teses defendidas em alguns manuais inquisitórios, a bruxa era um ser condenado, pois a alma humana da bruxa, ao conviver intimamente, desde a nascença), com o espírito demoníaco que habita no corpo dela, era uma alma impura, uma alma contaminada pelo espírito de feitiçaria, uma alma contagiada pelo espírito das trevas que habita no corpo da bruxa, uma alma condenada a não ingressar no céu e a permanecer eternamente aprisionada nesta terra. Dizia-se por isso que alma da bruxa nunca descansaria em paz apos a morte, vagueando neste mundo, procurando prazeres carnais, procurando instigar a atos de bruxaria, apadrinhando outros bruxos que se iniciavam nas artes da feitiçaria negra, atacando vitimas inocentes, etc. Por isso mesmo a bruxa era queimada, pois julgava-se que pelo fogo era possível expulsar o espírito demoníaco daquele corpo, ao mesmo tempo que enviando a alma condenada da bruxa aos infernos de forma a que ela não pudesse regressar a este mundo para atormentar os fieis.
Tais versões teologicas existente na idade media, defendiam por isso um certo tipo de praticas medievais de combate á bruxa, um certo tipo de forma de eliminação do espírito demoníaco da bruxa, da mesma forma que se defendia que um vampiro apenas poderia ser morto trespassando o seu coração com uma estaca e cortando a sua cabeça, ou que um lobisomem apenas poderia ser eliminado através do uso de prata e da sua degolação, ou que um demónio apenas poderia ser expulso deste mundo através do ritual de exorcismo e água benta, ou que o Diabo apenas respeitava o poder da cruz de cristo. Após longa explicação, continuou contando tambem passagens engraçadas sobre suas amigas ciganas que habitavam os arredores de Evora. Ela ria tomando vinho que ofereci com frutas e pao fresco.
-Na manha aos sabados elas empurravam os machos para as feiras, pedindo mariscos, bacalhau, vinho e broa fresca. Eles iam contrariados de mentira. Tudo era desculpa. Eles mentiam e elas “acreditavam, mas tudo era combinado entre as comadres e compadres, para que eles fossem e depois das compras passassem nas boticas de vinho, e ficavam atrás das mulheres damas. Enquanto isso elas faziam a luz do dia , ao ar lusitano, os maiores feitiços que pudessem e fossem de necessidade no momento, tanto suas, quanto de seus clientes. Formando lindos quadros, paisagens dignas de serem retratadas pelos magos da pintura.
Continuava Potina:
-Eram Ciganas sim, praticantes da arte da Bruxaria tambem, e eram tambem mulheres. Mulheres submissas que tiravam os sapatos dos maridos, depois deles bêbados, e os punham na cama, e tambem feiticeiras que punham a mão de seu amor em seu próprio coração, e faziam conjuros, que eles quando acordavam eram puro arrependimento. Ciganas sim, mas que tambem bebiam entre as mulheres, riam e falavam de sua vida intima.
Assim sempre que encontro com Potina, aprendo cada vez mais e assim pude tambem com minhas primas nas minhas inumeras viagens a Portugal, saber para poder lhes falar mais e assim contarei algumas coisas que aprendi da Bruxaria Portuguesa, principalmente no Norte de Portugal. Não venho falar de curiosidades folclóricas, ou de práticas mágicas arcaicas que não seriam senão sobrevivências retrógradas de um passado obscuro, e que apenas subsistiriam em locais recuados, alimentadas pela ignorância e credulidade de uns quantos espíritos inocentes. Venho falar de um conjunto de idéias, de práticas e de acontecimentos característicos que configuram o mundo do bruxo e do seu cliente em Portugal. Um mundo que não só está vivo e em constante transformação, como cultura popular que é, mas também um mundo assaz extenso e que toca bem mais pessoas do que o que seríamos levados a pensar pelo pouco que dele se fala. Ora, um outro mundo muitas vezes cruzado pelas trajetórias dos clientes dos bruxos a braços com os seus problemas específicos é precisamente o mundo médico, em especial os hospitais e seus bancos de urgências.
Muitos de entre vós, em particular aqueles que vierem a trabalhar em hospitais, ouvirão histórias, presenciarão inquietações e terão, por vezes, de intervir, enquanto técnicos da biomedicina mas também enquanto pessoas. A maior parte daqueles de entre vós que têm já anos de experiência profissional saberão do que falo.
Por isso, mesmo antes de nos ocuparmos da identidade do bruxo, podemos perguntar-nos como é que se chega até ele. E a resposta é: de boca a orelha. Se o potencial cliente não consultou ainda um bruxo, há sempre um familiar, vizinho, amigo ou conhecido que consultou um ou que sabe da existência de um. Por vezes, é mesmo este último que, estando a par do problema, anuncia ao potencial cliente que se trata de uma questão do foro do bruxo. Mas quem é o bruxo? Fazendo fé nos relatos dos bruxos e dos clientes, não se torna bruxo quem quer. Ao contrário, a concepção que impera diz-nos que se torna bruxo quem a isso é obrigado; embora em pequeno número, os relatos biográficos que pude recolher denotam um percurso padrão relativamente estável que vou tentar descrever de forma animada.
Mas não sem antes fazer uma observação válida para o resto desta exposição: a ordem de acontecimentos e interpretações que constituem o mundo do bruxo e do seu cliente inscreve-se no âmbito de uma racionalidade diferente da racionalidade médico-científica assim como daquela pela qual nos regemos na nossa vida de todos os dias. O meu objetivo aqui não é reduzir esses acontecimentos e interpretações a uma racionalidade que lhes seja estranha, mas sim, através deles, tornar acessível à compreensão aquela que lhes é própria.
22 comentários:
Tenho alma cigana de outra vida sou andarilha amo a música a dança sou livre como vento a alegria de meu sorriso esconde a tristeza a solidão a lagrima.....minha mãe de criação do coração era de origem polonesa Helena Wachelescke q acredito era de origem cigana em Pelotas terra natal tem um tumulo da cigana Terena q me atende e me cuida.TEM UMA VOZ Q ME FALA PENSO SER DE UM CIGANO VELHO SABIO Q ME DIZ MINHA MENINA PRINCIPALMENTE QUANDO MAIS PRECISO.
Olá querida!
Grata pela visita ao blog, quanto a sua mae é possivel. Existem muitos ciganos europeus de diversos paises que acabaram por vir para o Brasil, embora eu não conheça o sobremone, pela sua essencia, é mais do que provado, não é mesmo?? Rs rs.................Em Pelotas viveram/vivem varios ciganos, é uma terra abençoada para nós. Quanto ao espiritos de Terena é bem conhecido entre os ciganos do Sul. Peça sinais a este cigano velho, porque se ele te cuida te falando, pode ser um amigo astral, da sua ancestralidade, eu creio muito nisso.
Espero ter podido ajudar,
Bjs
Ramona.
Ramona
A alguns meses tive um sonho muito estranho,estava em um local a procura de minha mentora...a que me mostrou alguns dos meus dons... enquanto eu a aguardava uma pessoa me chamou e convidou a entrar em uma sala,um local com muitos livros,pequeno e de aspecto envelhecido...lá estava sentada na mesa uma mulher de pele negra, cabelos negros enormes e cheios com partes brancas,ela estava vestida de negro...lindos olhos... linda mulher ...era uma bruxa...ela só me olhou ...e ali fiquei um bom tempo..falou palavras que não entendi...quando acordei só ficou a lembrança de seu rosto bonito.
Não sei o pq deste sonho...seria uma visita de alguém que esta sempre por perto me acompanhando?
Querida Bya,
É possivel que este sonho tenha sido tanto premonitorio de como e que voce vai utilizar estes dons que lhe foram dados, e que neste trabalho espiritual voce teria o acompanhamento deste espirito. Ou tambem uma boa visita para lhe auxiliar em alguma coisa que voce esteja passando. De qualquer forma foi um lindo sonho, um presente do astral pra ti.
Grata pela visita, bjs
Ramona.
ola, Ramona tudo bem?
achei muito legal seu blog.
Então os verdadeiros ciganos origem
é da ROMENIA esses tem o verdadeiro sangue desse povo encantado e cheio de misterios.
Irlanda também é cheio de misterios.
Então eu sempre admirei a vida cigana sou devota de santa sara kaly tenho a imagem dela grande e uma pequena que sempre me acompanha, a onde quer que eu esteja.Eu queria saber a respeito de sonhos. Eu comecei a sonhar estranho nunca tive isso antes. quando adormeço meu corpo flutua e eu parto para uma viagem sempre tem um que me acompanha e me da segurança a primeira vez que aconteceu isso comigo,eu senti tanto medo. e voltou a repitir
novamente mas foi mais estranho ainda eu estava totalmente em silêncio e derrepente adormeci,eu senti uma presença no meu quarto de um homem, mas não pude veer o rosto, so ouvi a voz dele falando comigo, eu falei quem é você?
ele respondeu marido louco.
e depois ele cochichou no meu ouvido dizendo eu tiamo vem comigo, vem eu comecei a flutuar
e comecei a veer um sitio que eu morava antes. só que não consegui ver mais porque a minha sogra me chamou para tomar café.Graças a DEUS eu sou muito bem casada sou muito feliz e meu marido não é louco não kakakakkkkkkkk!!!!!!!!!!!!!!
eu queria saber sobre isso sonho doido muito doido. bom um super abraço você está de parabens boa sorte e que sta sara kaly te cubra de bençãos e realize todos seus desejos boa sorte muita boa sorte
abraços!
Olá, agradeço sua visita ao blog. Que bom que gostastes. Quanto a verdadeira origem dos ciganos, é a India, isso ja foi provado atraves dos estudos linguisticos feitos na decada de 70, que confirma que nosso dialeto, é um agrupamento das 4 principais linguas indianas (pacrito, maraharthe, sancrito e punjabi), é claro que hoe esta raiz ja sofreu agrupamentos foneticos dos paises onde passamos. Sendo assim temos ciganos de sangue em diversos paises do mundo, todos muito verdadeiros. Ja na Irlanda nao ha registro de nosso povo neste pais. Eu por exemplo sou descendente de Portugueses Evorianos, que sao uma gente cheia de magia tambem. Bem fico por aqui, e a gente vai se falando. Bjs, Ramona
Grata pela visita, e que Sara lhe abençoe, ja que és devota dela, sabia devoção. Quanto aos sonhos, esta sensação de flutuação é normal, e se chama volitação, e pode acontecer tanto voluntariamente ou involuntariamente, faz parte de um processo mediunico normal. Este espirito que se apresentou pode ser alguem de sua ancestralidade, alguem que vc ja conheceu, mas neste momento esta no outro plano. Bem espero ter podido ajudar na explicação. Desejo a voce tambem toda a sorte e que os ciganos lhe auxiliem e lhe guiem nestas estradas da vida. Bjs, Ramona.
Somos ciganos catalões, jamais fomos nômades desde a chegada no Brasil. Família Duro (D'Hur), me encantas quando escreves, pois para nós tudo que faziamos e fazemos é natural e não mágico, faz parte da nossa defesa, para a nossa saúde e para a prosperidade dos nossos filhos, voltarei muitas vezes aqui, adorei pois não sabia que eramos bruxas, sempre foi dito que eramos mulheres. Hoje sou matriarca tenho 6 filhos 3 homens e 3 mulheres. Todo o meu respeito, abraço.
Grata, querida! Acredito que nosso conceito de bruxarias é tao abrangente que nem paramos para pensar nisso. Nossa vida é cheia de magia e como disse voce é tudo tao natural! Afinal, mais do que a magia que usamos para conciliar nossos clientes, amigos, filhos, netos, parentes em geral, so com muita "bruxice" para poder fazer tudo isso e continuar a levantar nossas saias e brilhar!
Tixumidem!
Ramona.
OLA CIGANA EU Ñ ENTENDO MUITO DO POVO CIGANO MAS SEMPRE ME SENTI ATRAIDA POR ELES,ADORO A DANÇA,AS MUSICAS TANDO Q CHEGO ME ARREPIAR QUANDO OUÇO AS MUSICAS,E AGORA ESTOU SEM RELIGIÃO MAS UMA AMIGA ME DISSE PRA PROCURAR UMA SANTA PRA MINHA DEVOÇÃO E ENCONTREI SANTA SARA E EME ENCANTEI POR ELA E PELA A VIDA DELA SE UM DIA PUDER ME ORIENTAR COMO FAÇO PRA AGRADA-LA MEU CORAÇÃO FALA MUITAS COISAS MAS ÑA TENHO CERTEZA DE NADA UM GRANDE BJO.
Olá...
Primeiramente....PARABÉNS!!!!! Seu site tá lindo!!!
Meu nome é Patricia, sou do estado de São Paulo. E meu sonho é me iniciar em magia cigana. Vc teria algo a me indicar? Algum livro?
Olá...
Primeiramente....PARABÉNS!!!!! Seu site tá lindo!!!
Meu nome é Patricia, sou do estado de São Paulo. E meu sonho é me iniciar em magia cigana. Vc teria algo a me indicar? Algum livro?
s.r ramona torres nada e poracaso visitando esse blog. gostaria de lhe falar sobre um sonho q eu tive eu estou fazendo um trstamento espiritual com espirito cigano da dona sulanita na mazina (cascadura). e ela esta me ajudando nt falando p mim q a minha cigana. aparti de agora eria se comunicar comigo .eu pedi p ela vim em sonhos bem sonhei q estava andando na rua quando passava em frente a uma praça vi um roda moinho ai aparecia as pernas eu falei e vc minha cigana ai o roda moinho ficava mais forte e eu via uma ciga morrena fala com uma lingua q eu n entendia ela me acompahava ate em casa. eu tenho sindrome do panico e nesse dia eu n tava com medo de andar na rua, se a senhora pode me responder. nt obrigada.
Olá Ramona, recentemente entrei na umbanda e recebi uma entidade RAMONA gostaria muito de saber mais sobre ela se puder me ajudar agradeço. um abraço janaina
olá ramona adorei seu site... eu fui a uma senhora que no qual ela recebeu a cigana terena em seu corpo e leu a minha mão me fez um milhão de perguntas e no final por meus avós serem de origem cigana ela havia me dito que era uma das filhas dela... meu nome é catarine.. e o nome da filha dela é catarina... deu por a caso que eu adoro coisas que tem moedas e medalhinhas...queria saber o que traz pra mim ser filha desta cigana???se por ser filha dela tenho um espirito especial... algo do tipo!
olá Querida Ramona,
venho novamente lhe pedir orientação e alguma referencia sobre minha entidade que se chama Ramona, assim como você.
Quando pesquiso sobre ela, aparece somente as suas coisas nada sobre ela mesma.
se puder me ajudar, ficaria muito feliz.
sempre fui chamada de cigana, sou gaucha tenho a pele levemente amorenada,olhos verdes e alma livre.....
email: janaina.bruce@hotmail.com
um abraço......
Olá Romana
Como posso saber se fui cigana em outra vida?
Pergunto porque tenho um sinal (um buraquinho) na testa como uma meia Lua deitada (como se as pontas da lua fosse para cima ) e eu já ouvi de várias pessoas que este sinal é porque fui uma cigana em outra vida, isto é possível???
Admiradora sempre fui desde criança "sempre quis casar com um cigano para pode ser uma kkk" procuro conhecer a cultura cigana pois amo este povo lindo que tem a nós ensinar.
Ola me chamo Évora Pereira Revoredo, as ciganas sempre me ajudaram no meu destino. Candomblé tenho uma cigana q me ajuda...e admiro toda cultura cigana...tenho descendentes Espanhóis,acredito na influência cigana em minha vida.
Seu blog ta muito bom...amei.bjo
Ramona, nao sei se me encantou mais o conteúdo ou sua arte de escrever, de comunicar, o que você expõe tem o ritmo de um filme inesquecível. Sou seu fã antigo.Obrigado pelo texto.
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